Como as espécies invasoras levaram à extinção do Dodô?

Os cácapos não tinham predadores naturais em seus habitantes de alta montanha da Nova Zelândia. Isso fez com que a ave tenha comportamento dócil e sem medo de humanos e das pragas que foram levadas para as ilhas pelos colonizadores europeus. Ratos, gatos e mustelídeos como doninhas, arminhos e furões arrasaram com o psitacídeo mais pesado mundo, que hoje exibe um estado crítico de extinção, com pouco mais de 200 animais existentes.

Outra ave que passou por uma situação semelhante foi o icônico dodô, a ave da família dos pombos que era endêmica das ilhas Maurício.

Igualmente desajeitado e "burrinho", assim como o cácapo, o dodô era incapaz de voar e não tinha medo de seres humanos, pois evoluiu isolado e sem predadores naturais na ilha que habitava. Ele era caçado para servir de alimento aos marinheiros, sofrendo depois com o desmatamento e introdução de animais exóticos.

Essa trágica história tornou o dodô um verdadeiro ícone da extinção, sendo considerado o mais famoso animal extinto em tempos históricos, com notável presença na cultura popular.

Uma lição esclarecedora do Ted-Ed, escrita por Leon Claessens e dirigida por Denys Spolitak, explica como a chegada de humanos e outras espécies invasoras causaram a extinção do dodô. A lição mostra os equívocos mais comuns sobre os dodôs e a verdade sobre como as aves que não voam foram realmente extintas.

O dodô é historicamente considerado desajeitado; no entanto, estas aves eram perfeitamente adequadas ao seu ambiente, pois os seus corpos robustos permitiam-lhes sobreviver a todos os tipos de eventos climáticos extremos na ilha vulcânica. Eles também evoluíram com a impossibilidade de voar, pois mais de 800 quilômetros de água os separavam dos predadores naturais mais próximos.

Há cerca de 8 milhões de anos, um vulcão subaquático formou outra ilha da cadeia, que viria a ser conhecida como Maurícia. Algumas das aves também povoaram esta nova ilha e, com o tempo, os dodôs emergiram como uma espécie distinta.

- "Eles compartilharam a Maurícia com morcegos, lagartos, tartarugas gigantes e outras aves", diz a lição. - "Os grandes predadores mais próximos foram retidos por cerca de 800 quilômetros de oceano, então ser assassinado basicamente não era um problema."

A vida era perfeita para o dodô até que os marinheiros holandeses chegaram à costa em 1598, trazendo consigo uma variedade de animais diferentes, todos espécies invasoras. Infelizmente, o dodô e outros animais mauricianos não sabiam como se defender depois de viverem tanto tempo sem predadores. Os animais das Ilhas não evoluíram para temer serem caçados por humanos, então eram uma captura fácil.

Infelizmente, o resto é história para o dodô, uma ave forte e inteligente cuja erradicação não foi culpa sua.