O holocausto nuclear, também conhecido como apocalipse nuclear ou armagedom nuclear, é um cenário teórico onde a detonação em massa de armas nucleares causa destruição globalmente generalizada e precipitação radioativa. Tal cenário prevê que o holocausto pode acabar com dezenas de milhares de vidas imediatamente e centenas de milhares através das consequências radioativas. Grandes partes da Terra podem se tornar inabitáveis devido aos efeitos da guerra nuclear, causando potencialmente o colapso da civilização, a extinção da humanidade e/ou o fim da maior parte da vida biológica na Terra. |
Além da destruição imediata de cidades por explosões nucleares, as possíveis consequências de uma guerra nuclear podem envolver tempestades de fogo, um inverno nuclear, doenças generalizadas causadas pela radiação e/ou a perda temporária (se não permanente) de grande parte da tecnologia moderna devido a pulsos eletromagnéticos.
Alguns cientistas, como Alan Robock, grande defensor do desarmamento nuclear, especularam que uma guerra termonuclear poderia resultar no fim da civilização moderna na Terra, em parte devido a um inverno nuclear de longa duração. Em um modelo desenvolvido por ele, a temperatura média da Terra após uma guerra termonuclear total cairia durante vários anos em 7 – 8 °C, em média.
Estudos do início da era da Guerra Fria sugeriam que milhares de milhões de humanos sobreviveriam aos efeitos imediatos das explosões nucleares e da radiação após uma guerra termonuclear global, mas hoje os Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear acreditam que a guerra nuclear poderia contribuir indiretamente para a extinção humana através de efeitos secundários, incluindo consequências ambientais, colapso social e colapso econômico.
A ameaça de um holocausto nuclear desempenha um papel importante na percepção popular das armas nucleares. Faz parte do conceito de segurança de destruição mutuamente assegurada (DMA), um cenário comum no sobrevivencialismo, que expressa que a única maneira de vencer uma guerra nuclear é evitá-la. Essa sigla soa mais como se você tivesse que ser um completo louco para usar bombas nucleares modernas, muito maiores do que as usadas na Segunda Guerra Mundial, contra alguém.
Muitos estudiosos postularam que uma guerra termonuclear global com os arsenais da era da Guerra Fria, ou mesmo com os atuais arsenais menores, pode levar à extinção humana. Esta posição foi reforçada quando o inverno nuclear foi conceituado e modelado pela primeira vez em 1983.
No entanto, os modelos da última década consideram a extinção total muito improvável e sugerem que partes do mundo permaneceriam habitáveis. Tecnicamente, o risco pode não ser zero, uma vez que os efeitos climáticos da guerra nuclear são incertos e poderiam teoricamente ser maiores (ou menores) do que os modelos atuais sugerem. Também poderá haver riscos indiretos, como um colapso social após uma guerra nuclear, que pode tornar a humanidade muito mais vulnerável a outras ameaças existenciais.
Embora possa fazer a gente se sentir melhor por estar longe de alvos potenciais, ou mesmo em um país ao qual ninguém presta atenção, como o Brasil, isso não significa que estamos seguros. Mesmo que evitemos a precipitação radioativa, as mudanças na atmosfera terrestre levariam a um inverno nuclear, à seca e à fome em todo o planeta, para não mencionar mais guerras por recursos quando isso acontecesse.
O coletivo Kurzgesagt – In a Nutshell expõe vários cenários e o possível número de mortos, que são surpreendentes. A boa notícia é que a Terra irá se recuperar dentro de uma década, com ou sem nós.
É difícil estimar o número de vítimas que resultariam do inverno nuclear, mas é provável que o efeito primário seja a fome global. De acordo com um estudo revisado por pares publicado na revista Nature Food, uma guerra nuclear em grande escala entre os EUA e a Rússia poderia matar 360 milhões de pessoas diretamente e mais de 5 bilhões poderiam morrer em consequência da fome devido à fuligem criada por tempestades de fogo após bombardeios nucleares.
Prevê-se que mais de 2 bilhões de pessoas morram em consequência de uma guerra nuclear de menor escala entre a Índia e o Paquistão. No caso de uma guerra nuclear entre a Rússia e os Estados Unidos, 99% das pessoas nos Estados Unidos, na Rússia, na Europa e na China morreriam.
Mas pode ser pior. Mais recentemente depois de Vladimir Putin dizer que quase todas as forças estratégicas nucleares da Rússia foram modernizadas, alguém lembrou do dispositivo conceituado pelo físico Leo Szilard na década de 1950. O conhecido como dispositivo do Juízo Final poderia ser construído cercando poderosas bombas de hidrogênio com uma enorme quantidade de cobalto. O cobalto tem uma meia-vida de cinco anos e a sua precipitação global poderia, segundo alguns físicos, ser capaz de eliminar toda a vida humana através de uma intensidade de radiação letal.
A principal motivação para a construção de uma bomba de cobalto neste cenário é o seu custo reduzido em comparação com os arsenais possuídos pelas superpotências; tal dispositivo não precisa ser lançado antes da detonação e, portanto, não requer sistemas dispendiosos de lançamento de mísseis, e as bombas de hidrogênio não precisam ser miniaturizadas para serem lançadas através de mísseis. Medo!
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