Em um canto remoto do distrito central do condado de Sarbisheh, na província iraniana de Coraçone do Sul, perto da fronteira com o Afeganistão, existe uma aldeia isolada do mundo com cerca de 1.500 anos de idade, chamada Makhunik que, até há cerca de um século, era habitada por pessoas de muito baixa estatura. A indicação de seu nanismo é encontrada na arquitetura local. Das cerca de duzentas casas de pedra e barro que constituem a antiga aldeia, noventa delas são de altura excepcionalmente baixa. |
Estas habitações de adobe têm menos de dois metros de altura e portas estreitas que não podem ser acessadas sem se abaixar. De fato, algumas destas casas têm tetos tão baixos que não ultrapassam o metro e meio, mas que abrigavam confortavelmente os makhuniks.
Muitos deles não tinha nanismo verdadeiro, ou seja, morfologicamente não exibiam displasias esqueléticas. Casamentos entre parentes próximos, dieta pobre e água potável misturada com mercúrio deixaram os moradores de Makhunik cerca de meio metro abaixo da altura média da época.
Em 2005, foi encontrado na região um corpo mumificado de 25 centímetros de comprimento. A descoberta alimentou a crença de que este canto remoto do Irã, que consiste em 13 aldeias já foi o lar de uma antiga "Cidade dos Anões". Embora os especialistas tenham determinado que a múmia era na verdade um bebê prematuro que morreu há cerca de 400 anos, afirmam que as gerações anteriores de residentes de Makhunik eram de fato mais baixas do que o habitual.
Originalmente, os makhuniks são afegãos sunitas que migraram para lá. Durante séculos, os ancestrais dos makhuniks viveram quase completamente isolados da civilização moderna. A região era seca, desolada e árida, o que dificultava o cultivo e a criação de animais.
Nabos, grãos, cevada e uma fruta parecida com tâmara chamada jujube constituíam a única agricultura. As pessoas sobreviviam com pratos vegetarianos simples, como kashk-beneh, feito de soro de leite de cabra e um tipo de pistache cultivado nas montanhas, e pokhteek, uma mistura de soro de leite desidratado e nabo.
A desnutrição contribuiu significativamente para a deficiência de altura dos residentes. O isolamento também forçou as pessoas a se casarem entre parentes próximos, permitindo que genes ruins compartilhados por ambos os pais fossem expressos de forma mais pronunciada em seus descendentes.
Existem muitas histórias sobre este povo eles. Até hoje muitos não tomam bebidas alcoólicas, não comem carne e acreditam que a TV é satânica.
A falta de altura não foi a única razão pela qual essas pessoas construíram casas menores. Ter uma casa minúscula significava menos materiais de construção, o que era conveniente, pois os animais domésticos grandes o suficiente para puxar carroças eram escassos e as estradas adequadas eram limitadas.
Assim, os moradores locais tiveram que carregar todos os suprimentos manualmente por quilômetros. As casas menores eram mais fáceis de aquecer e arrefecer do que as maiores e integravam-se mais facilmente na paisagem, tornando-as mais difíceis de serem detectadas por potenciais invasores.
Em meados do século XX, a região assistiu a um surto de desenvolvimento urbano com a construção de estradas e acesso a veículos, permitindo aos makhuniks levar uma grande variedade de alimentos para os seus pratos, como arroz e frango. As crianças ficaram mais saudáveis e mais altas do que os seus pais e, com a melhoria dos cuidados de saúde, o nanismo começou a diminuir.
A maioria dos 700 residentes de Makhunik tem agora estatura média. Já se passaram anos desde que eles deixaram as moradias liliputianas de seus ancestrais e se mudaram para casas de tijolos. Mas, além das suas casas e da sua altura, nada melhorou muito para estes aldeões.
A vida ainda é difícil e a agricultura está mais pobre, graças à seca contínua. Os mais jovens vão para as cidades próximas para trabalhar e as mulheres fazem tecelagem. Os residentes mais velhos dependem de subsídios do governo.
A arquitetura e o legado únicos de Makhunik têm um rico potencial para o turismo, que os residentes esperam que um dia crie oportunidades de emprego e negócios na aldeia.
De acordo com a antropóloga Susan B. Martinez, autora de "A História dos Pequenos: Suas Civilizações Espiritualmente Avançadas ao Redor do Mundo", uma antiga raça de pessoas de pequena estatura já habitou a Terra. Ela se refere a lendas e histórias de muitas culturas, como os deuses anões do México e do Peru, os Menhune do Havaí, os Nunnehi dos Cherokee, bem como os pigmeus africanos e os Semang da Malásia, e baseia-se nas descobertas de pequenas redes de túneis, pequenos caixões, portas baixas em montes e cabanas do tamanho de pigmeus, como evidência desta raça antiga.
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