Um menino britânico de nove anos ganhou o campeonato europeu com a sua estranha imitação de uma gaivota. Cooper, de Chesterfield, em Derbyshire, viajou para a cidade costeira belga de De Panne para competir na competição EC Gull Screeching. Ele originalmente começou a fazer imitações de gaivotas depois de ser bicado por uma enquanto comia um sanduíche de atum. Ele queria se tornar o "Garoto Gaivota", como quando Peter Parker se tornou o Homem-Aranha após ser picado por uma aranha. |
- "Eu sinto que elas são um animal muito legal, gosto delas por causa do barulho que fazem", disse Cooper. - "Às vezes elas podem ser um pouco assustadoras e ainda tenho um pouco de medo de comer na praia, por isso como em uma barraca pequena."
A mãe de Cooper, Lauren, disse que inicialmente foi irritante quando ele começou a fazer imitações de gaivotas, mas depois perceberam que ele era muito bom nisso.
- "As pessoas começavam a se virar e procurar a gaivota", disse ela.
A família ouviu falar da competição por meio de um homem que ouviu Cooper fazendo imitações em um centro de jogos e sugeriu que ele poderia competir. Ele marcou 92 pontos em 100 possíveis, o que significa que venceu a categoria juvenil e também teve a maior pontuação da competição.
As demais categorias eram para adultos e também para "colônias", ou seja, um grupo de pessoas fazendo impressões de gaivotas.
Cooper levou consigo seu mascote da sorte, um pequeno modelo de gaivota que ele chama de Stephen, mas seus pais chamam Steven Seagull, como o ator Steven Seagal. Seus pais e avós estavam lá para apoiá-lo, assim como sua irmã Shelby, que tinha um grande cone de batatas fritas feitas de espuma.
Jan Seys, biólogo marinho e um dos jurados da competição, disse: que Cooper conseguiu incluir vários tipos de canto em sua performance e cada um deles lembrava o canto de uma gaivota real de uma forma impressionante.
- "Na verdade, para mim, ele não foi apenas o melhor dos jovens participantes, mas melhor de todos os tempos no campeonato", disse Jan.
Cada juiz concedeu até 20 pontos possíveis, sendo até cinco pontos atribuídos pela forma como os competidores se vestiam e pelo comportamento que exibiam. Os 15 pontos restantes foram concedidos pela forma como imitaram o chamado de uma gaivota.
- "Prestamos atenção ao timbre, ao ritmo e também à variação", disse Jan. - "Afinal, as gaivotas têm um repertório de sons bastante extenso, que vai desde gritos de alarme até longos chamados que deixam claro que não querem nenhum intruso indesejado em seu território."
Jan disse também que havia um motivo sério por trás da competição: mudar a imagem das gaivotas, que algumas pessoas consideram um incômodo
- "É mais do que diversão e entretenimento, pretende também suscitar alguma simpatia pelas gaivotas, que são um elemento essencial das nossas costas, mas são muitas vezes difamadas como ‘ratos do mar’", disse ele.
Gaivotas são conhecidas como cleptoparasitas. Elas roubam comida umas dos outras e de outras espécies. Isso não é incomum em aves, mas as gaivotas são incomuns porque roubam comida de humanos. Este é um comportamento arriscado. Um animal do peso de um saco de açúcar está em enorme desvantagem em relação a um ser humano.
As pessoas consideram as gaivotas gananciosas. Elas parecem devorar tudo o que encontram de um só grande gole. Mas o que elas estão realmente fazendo é armazenar alimentos em suas bolsas-gulares, uma estrutura mebranosa que funciona de maneira semelhante a uma sacola de compras, na qual os alimentos podem ser consumidos mais tarde. Do ponto de vista de uma gaivota, se você não comer a comida que está na sua frente, poderá passar fome. É resultado da necessidade e não da ganância.
Elas não querem isso para você, elas estão tentando encontrar comida suficiente para sobreviver. Um estudo descobriu que essas aves inteligentes aprenderam um processo complicado para tornar as ascídias seguras para comer. Uma gaivota-comum já foi observada usando pão como isca para peixes.
As gaivotas que vivem nas cidades são muito adaptáveis e espertas. Elas até aprendem padrões de atividade humana para decidir onde e quando procurar alimentos. Elas são tão espertas que só roubam a comida quando as pessoas estão desprevenidas. Então há um padrão nisso aí que indica que as gaivotas prestam atenção para onde as pessoas estão olhando e preferem se aproximar da comida quando não estão sendo observadas.
O comportamento das gaivotas pode parecer ruim, mas temos muita margem para mudar sem recorrer a medidas extremas. As gaivotas estão tirando o melhor partido de uma situação adversa causada pelas nossas próprias atividades e as nossas cidades podem ser o seu último refúgio.
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