Cerca de 5 anos atrás, Anna Lee Dozier estava zapeando um brechó em Clinton, no estado norte-americano de Maryland, quando um vaso chamou sua atenção. Localizado em uma prateleira perto do caixa, o vaso intrigou Anna, que trabalhou com comunidades indígenas mexicanas no seu papel como defensora dos direitos humanos na ONG Solidariedade Cristã Mundial. Então, ela pegou, pagou o preço nominal, que era de US$ 3,99 (R$ 21,75) e levou para casa. Anna percebeu que o vaso era antigo, mas presumiu que fosse uma réplica e não deu muita importância até uma recente visita ao Museu Nacional de Antropologia da Cidade do México. |
- "Pude ver que tinha algum tipo de ligação com o México, em termos de aparência", disse ela. - "Como é um país em que trabalho e é muito importante para mim, pensei que seria apenas uma coisinha legal para levar para casa e colocar na prateleira e para me lembrar do México."
5 anos depois, Anna visitou recentemente o Museu Nacional de Antropologia da Cidade do México. Ao observar uma exposição de vasos maias ali, ela percebeu o quão parecidos eles eram com a cerâmica que ela tinha em casa.
Para acabar com suas dúvidas, ela perguntou aos funcionários do museu o que ela precisaria fazer para autenticar seu próprio vaso. Eles a encaminharam à embaixada mexicana, que lhe pediu que enviasse fotografias do achado no brechó. Ao ver o material que ela forneceu, o Instituto Nacional de Antropologia e História do México entrou em contato com ela para confirmar que o vaso era real e que o queriam de volta.
Sem titubear, Anna trabalhou com as autoridades para garantir que o vaso, que data de entre 200 d.C. e 400 d.C., voltasse para casa. Agora, depois de uma cerimônia no Instituto Cultural do México, em Washington, o vaso está a caminho do Museu de Antropologia, onde será estudado antes de ser enviado a um dos menores museus do país.
Anna ficou emocionada por desempenhar um papel no retorno do vaso à sua terra natal.
- "Eu gostaria que ele voltasse ao seu devido lugar e ao lugar ao qual pertence", disse ela. - "Eu também queria que ele fosse logo levado embora da minha casa porque tenho três filhos pequenos e estava petrificada pensando que a qualquer momento o vaso quebrasse depois de 2.000 anos. Acidentes acontecem"
Curiosamente, essa descoberta em um brechó era apenas um dos muitos artefatos que o Instituto Cultural estava enviando de volta ao México. A maioria deles foi deixada anonimamente. A organização envia artefatos mensalmente, com cerca de 90% deles sendo considerados autênticos assim que chegam.
O Embaixador Mexicano Estaban Moctezuma Barragan, que participou na cerimônia, aplaudiu a decisão de Anna de avançar e devolver o vaso em vez de tentar vendê-lo por um valor elevado.
- "Isso é só ara quem tem raízes fortes, conhece-as e honra-as", disse ele. - "Ela reconheceu que todo um país, toda uma cultura, se preocupa com isso, e estamos profundamente gratos a ela. Mulher fantástica."
Anna disse que lhe perguntaram por que não tentou vendê-lo ou descobrir seu valor monetário, mas para ela não há dúvida de que fez a coisa certa.
- "Devolvê-lo é muito melhor do que seria se eu o colocasse no eBay e ganhasse muito dinheiro", disse ela. - "É realmente importante reconhecer que algumas destas coisas, especialmente com tanto valor histórico e cultural para um país e um povo inteiro, não se pode realmente atribuir um número a isso."
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