Veja a beleza e o horror de uma mosca passando pela metamorfose

Observe a beleza e o horror de uma mosca em metamorfose. O processo de passar de um pequeno verme a uma mosca rechonchuda é bastante complexo, como mostra o vídeo que dá contexto a este artigo. Como a amada borboleta, uma mosca doméstica passa por uma metamorfose incrível. Para fazer sua grande entrada no mundo, ela implanta uma bolsa eversível especializado cheio de líquido em sua cabeça, acima da base da antena, chamado ptilínio. Ele é usado para forçar a saída da extremidade do pupário para a emergência da mosca, e após essa inflação na emergência, o ptilínio colapsa novamente para dentro da cabeça, marcado a partir de então apenas pela sutura ptilinal ou sutura frontal.

A partir desse momento a varejeira (Dermatobia hominis) está pronta para picar qualquer animal de sangue quente, incluindo o ser humano, como hospedeiro de sua prole, depositando ovos onde houver alguma ferida aberta, mas isso nem sempre acontece. Sair de seu pupário exige muito esforço. Há casos que ela não consegue romper o invólucro com o ptilínio cheio de hemolinfa e fica presa no mesmo. Para sempre. Ironicamente, um átimo antes de eclodir ela morre.

Mas quando nascem, estas moscas tem potencial para causar grandes estragos depositando larvas em suas vítimas. Quando nascem, as larvas invadem a pele e, glutonas, se alimentam dos tecidos vivos que encontrarem pela frente, devorando até ossos e cartilagens, quando se transformam em bernes. Esse tipo de infecção, chamada miase, é que leva à morte se não for combatida a tempo.

Existem dois tipos de miase provocados por essas moscas: a cutâneo-traumática, quem em gral ataca a pele da vítima, e a nasofaringeana, que ocorre em casos de secreção nasal, principalmente rinite. A segunda tem maior probabilidade de ser fatal. O animal mais atingido pela varejeira costuma ser o gado, especialmente bezerros, em feridas no local onde foi cortado o cordão umbilical.