O primeiro taccalonolídeo foi isolado em 1963 dos tubérculos de araruta-polinésia quando os pesquisadores estavam explorando o "princípio amargo" da planta. Hoje, o pó amargo e amarelo claro, chamado taccalina é usado para combater vários tipos de câncer. Esse tipo de coisa sempre me leva a pensar quantos dos nossos ancestrais morreram experimentando veneno para que hoje pudéssemos nos alimentar com toda a segurança?
Os tubérculos da araruta polinésia contêm amido, tornando-a uma importante fonte de alimento para muitas culturas das ilhas do Pacífico, principalmente para os habitantes de ilhas baixas e atóis. A araruta-polinésia era preparada como farinha para fazer uma variedade de bolos.
Os tubérculos devem ser ralados e depois deixados de molho em água doce. O amido sedimentado é enxaguado repetidamente para remover o gosto amargo da taccalina, um tipo de substância venenosa, e depois seco. A farinha resultante era então misturada com diferente ingredientes para preparar pães e bolos. Hoje, a araruta-polinésia foi amplamente substituída pelo amido de milho e de cultivares dela mesmo sem veneno.
Foi exatamente esta planta que o sobrevivencialista australiano John "Caveman" Plant do canal do Youtube Tecnologia Primitiva explorou em seu último projeto culinário. Ele fez um hashbrown (parece mais uma panqueca), um alimento popular servido no desjejum do americano feito com batatas cortadas em juliana fina que são fritas até dourar.
John já tinha feito amido de araruta-polinésia antes, mas o rendimento foi tão ridículo que dessa vez ele decidiu usar toda a farinha que foi mergulhado em água para eliminar os compostos amargos e venenosos da taccalina.
Segundo Caveman, a panqueca tinha amido e ainda estava um pouco amarga devido às limitações de tempo já que um ou dois enxágües eliminam o veneno, mas para eliminar totalmente o amargor é preciso enxaguar umas dez vezes.
- "Teria um sabor melhor se fosse encharcada e escorrida mais vezes", escreve Jonh. - "Seria um bom alimento para a fome se nenhum outro estivesse disponível, pois o amido é rico em energia."
Esta sua última frase faz todo o sentido. A araruta-polinésia selvagem hoje é mato nas illhas da Polinésia,, mas um "mato" respeitado que ninguém arranca como se fosse erva daninha. Os austronésios consideram a araruta-polinésia um alimento de fome facilmente disponível que já foi usado para nutrir pessoas em tempos de fome e inanição.
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