Diretores do programa espacial russo finalmente admitem que o homem pousou na Lua

A Rússia finalmente admitiu que astronautas americanos, de fato, pousaram na Lua. O chefe da Corporação Espacial Russa Roscosmos, Yuri Borisov, aceitou que os EUA colocaram um homem na Lua em um discurso na Duma Estatal. Devido à Guerra Fria e a questões político-propagandísticas, este marco da corrida espacial foi considerado por parte da população russa uma espécie de lenda urbana. Há alguns anos, uma pesquisa afirmou que 31% da população acreditava que tudo era falso. Agora, Yuri garantiu perante a Duma que o pouso na Lua em 1969 foi um fato e citou as evidências.

- "Quanto à questão de saber se os americanos pousaram na Lua ou não, tenho um fato para compartilhar", disse Yuri. - "Eu estava pessoalmente interessado nesse assunto. Em uma época, eles nos forneceram uma porção do solo lunar que os astronautas trouxeram de durante sua expedição."

Yuri também disse que os testes realizados nas amostras pela Academia Russa de Cientistas confirmaram sua autenticidade. O cosmonauta soviético Yuri Gagarin pode ter sido o primeiro ser humano a ser enviado ao espaço, mas muitos russos continuam céticos sobre se os EUA conseguiram pousar homens na Lua em 1969.

Neil Armstrong, acompanhado por Buzz Aldrin, passaram aproximadamente duas horas explorando a paisagem lunar na Base da Tranquilidade, coletando 21 kg de material lunar para trazer à Terra enquanto Michael Collins orbitava a Lua no Módulo de Comando Columbia.

A conspiração de que o pouso na Lua foi falsificado também prevalece nos Estados Unidos, embora em menor grau. Um estudo da Statista de 2019 descobriu que 11% dos americanos acreditavam que o pouso foi uma farsa. 5% "acreditavam fortemente" na conspiração, e outros 6% "acreditavam um pouco".

Outros 11% responderam que "não acreditavam nem desacreditavam" na teoria, mas 61% disseram que "não acreditavam fortemente" na conspiração. Uma pesquisa separada conduzida pela Gallup 30 anos após o pouso na Lua em 1969 também descobriu que 6% dos americanos acreditavam que o evento foi encenado ou falso, mas a grande maioria (89%) estava confiante de que o pouso de fato ocorreu.

Em 2019, o Datalfolha fez uma pesquisa que apontou que 26% dos brasileiros acham que homem nunca foi à Lua. Segundo o levantamento, 70% acreditam na veracidade das missões Apollo, enquanto 4% declararam não saber. Os resultados variaram de acordo com o nível de escolaridade dos entrevistados. Entre os que cursaram até o ensino fundamental, 38% duvidaram das viagens à Lua e 8% disseram não saber. Dos que têm o ensino médio, a porcentagem dos que não acreditam na missão Apollo cai para 21% e os que não sabem para 3%. Dos que têm ensino superior, 14% afirmaram que o homem nunca pisou na Lua, e 2% não sabem.

Yuri Borisov sempre mostrou um tom mais conciliador com os americanos quando se trata da disputa espacial entre os dois países. Já o polêmico e encrenqueiro Dmitry Rogozin, ex-chefe da Roscosmos expressou em 2023 dúvidas sobre a autenticidade do pouso da Apollo 11 na Lua em 1969.

- "Cerca de 10 anos atrás, quando eu trabalhava no governo, enviei uma solicitação oficial à Roscosmos para me fornecer evidências documentais da estadia dos americanos na Lua", disse Dmitry em uma declaração no Telegram.

Ele disse que estava "envergonhado" com o retorno dos cosmonautas soviéticos de expedições espaciais, mal conseguindo ficar de pé e passando por longas recuperações, enquanto os astronautas americanos saíam de suas naves lunares, em suas palavras, "como pepinos do jardim".

Rogozin disse ainda que continuou a procurar evidências sobre os pousos dos EUA na Lua enquanto trabalhava na Roscosmos, mas disse que não conseguiu encontrar nada além das "acusações raivosas" de alguns acadêmicos que alegaram que ele minou a cooperação sagrada da Rússia com a NASA.

Em 2022, devido as sanções anunciadas contra a Rússia por sua invasão na Ucrânia, Dmitry ameaçou desorbitar a ISS, com os astronautas dentro, em direção à Índia e China.