Pistolas elaboradamente decoradas de Napoleão são vendidas por R$ 9,75 milhões em leilão

Um par de pistolas que pertenceram a Napoleão Bonaparte foi vendido em leilão no fim de semana por aproximadamente US$ 1,8 milhão (9,75 milhões de reais. Mas os artefatos ornamentados podem estar presos na França, onde o governo os declarou tesouros nacionais. Feitas pelo armeiro parisiense Louis-Marin Gosset, as duas pistolas são decoradas com padrões de ouro e prata, bem como uma imagem gravada do governante francês. Elas estão armazenadas dentro de seu estojo original, junto com um chifre de pólvora e hastes de compactação.

Depois que Napoleão foi forçado a abdicar do trono em 1814, ele teria pensado em suicídio usando as pistolas. No entanto, esse plano foi frustrado por Armand de Caulaincourt, o grande escudeiro de Napoleão, que despejou a pólvora das armas.

Napoleão tentou ingerir veneno, mas sobreviveu. Ele foi então banido para a ilha mediterrânea de Elba. Mais tarde, ele deu as armas para Armand. As pistolas representam "o fim, a imagem da queda", disse Jean-Pierre Osenat, presidente da casa de leilões.

Antes do leilão, que ocorreu na França em 7 de julho, o Ministério da Cultura francês classificou as pistolas como tesouros nacionais. O governo também emitiu um certificado de proibição de exportação, o que significa que as autoridades francesas terão 30 meses para fazer uma oferta ao novo proprietário das pistolas. Além disso, as armas só podem deixar a França temporariamente.

Itens que pertenceram a Napoleão são geralmente muito valiosos e normalmente comandam preços altos. Por exemplo, um dos chapéus bicorne de Napoleão foi vendido por US$ 2,1 milhões em novembro, dias antes do lançamento do filme "Napoleão", o drama histórico do diretor Ridley Scott sobre a ascensão e queda do imperador.

Embora os oficiais militares normalmente usassem seus chapéus bicorne da frente para trás, com as asas perpendiculares aos ombros, Napoleão começou a usar o seu de lado, com as asas paralelas aos ombros. Esse novo estilo, chamado en bataille ("em batalha"), ajudou Napoleão a permanecer visível para suas tropas durante o combate.

Em 2021, uma nota médica manuscrita descrevendo a saúde precária de Napoleão durante seus últimos anos foi arrematada por US$ 2.000 em um leilão. Em 2007, uma única página manuscrita da novela não publicada de Napoleão foi vendida por US$ 35.400.

Como oficial militar durante a Revolução Francesa, Napoleão rapidamente ascendeu ao poder durante o final do século XVIII e início do século XIX. Após coroar-se imperador em 1804, aos 35 anos, Napoleão expandiu o império francês conquistando partes da Alemanha, Itália, Espanha e Polônia.

Em 1812, no entanto, ele liderou uma invasão fracassada na Rússia. A perda encorajou os adversários de Napoleão, incluindo Suécia, Grã-Bretanha, Áustria, Prússia e Rússia, que uniram forças para lutar contra o imperador. Em março de 1814, a coalizão havia capturado Paris. Napoleão abdicou do trono, tentou suicídio e foi forçado ao exílio em Elba. Após a derrota da campanha francesa, ele ficou totalmente deprimido.

Ele escapou em 1815 e brevemente tentou recuperar o poder em sua campanha dos Cem Dias, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo. Napoleão foi mais uma vez exilado, desta vez para a ilha de Santa Helena, no Oceano Atlântico Sul, onde morreu de câncer de estômago em 1821.