Uma jovem girafa com um pescoço ziguezagueante, aparentemente quebrado, foi vista recentemente pela primeira vez na África do Sul. Quase nada se sabe sobre esse animal deformado, incluindo como ele conseguiu esse ferimento extremo ou quanto tempo ele pode sobreviver. A blogueira de viagens Lynn Scott tirou fotos da girafa em um passeio de observação da vida selvagem em uma reserva de caça privada e sem nome no Parque Nacional Kruger e compartilhou as imagens em 5 de julho no Facebook. O local e a data exatos foram omitidos por Scott para proteger o animal de caçadores furtivos. |
- "Ela estava parada na hora e mostrou muito pouco movimento", disse Lynn, que trabalhava na reserva na época. No entanto, a guarda florestal que liderava o passeio não estava muito preocupada com sua falta de mobilidade.
Comentaristas de mídia social sugeriram que a girafa tinha o pescoço quebrado. No entanto, especialistas dizem que não há evidências suficientes para apoiar essa hipótese.
- "É definitivamente um pescoço muito retorcido", disse Sara Ferguson, veterinária e coordenadora de saúde de conservação na organização não governamental Fundação de Conservação das Girafas. - "No entanto, sem radiografias para provar que o osso foi quebrado, nos referiríamos à girafa como tendo torcicolo severo."
Segundo as informações médicas do Google, fornecidas pelo Hospital Israelita Albert Einstein, é uma condição rara que, em humanos, os músculos do pescoço se contraem, fazendo com que a cabeça torça para um lado.
Em girafas, o torcicolo é particularmente perceptível por causa dos pescoços alongados dos animais. E, como em humanos, a condição tem uma gama de causas possíveis em girafas, como infecções da medula espinhal e fraturas ósseas.
Sara já viu exemplos dessa condição em girafas em zoológicos e ocasionalmente na natureza na Zâmbia, Quênia e Uganda. No entanto, ela nunca viu um caso tão grave quanto o mais recente e não tem certeza do que pode ter causado isso.
No passado, girafas selvagens sobreviveram com pescoços quebrados. Por exemplo, em 2015, fotógrafos da vida selvagem avistaram uma girafa macho adulta com um pescoço em zigue-zague semelhante no Parque Nacional Serengeti, na Tanzânia. Este indivíduo, mostrado na foto abaixo, quebrou o pescoço durante uma briga com um macho rival cinco anos antes. Não está claro se este indivíduo ainda está vivo.
Vários comentaristas do Facebook sugeriram que a girafa do Parque Nacional Kruger também pode ter sofrido ferimentos ao lutar contra outro macho, prática conhecida como "pescoçada", que envolve girafas chicoteando e batendo agressivamente seus pescoços para mostrar dominância e impressionar as fêmeas disponíveis.
No entanto, com base nas fotos disponíveis, esse indivíduo provavelmente é uma girafa subadulta, o que significa que provavelmente é jovem demais para se reproduzir, e pode ser macho ou fêmea, porque é difícil determinar o sexo das girafas nessa idade. Como resultado, não há nada que sustente a explicação da briga de pescoços.
Não está claro há quanto tempo a jovem girafa sofreu os ferimentos ou como isso pode afetar sua expectativa de vida. Segundo Sara , não sabemos a taxa de sobrevivência de tais indivíduos. Eles normalmente são fotografados apenas uma vez, o que significa que não há informações de acompanhamento disponíveis.
Ao que parece a evolução trabalhou para que as girafas desenvolvessem pescoços longos e poderosos devido as batalhas brutais de pescoço por dominância desferindo golpes com seus ossicones semelhantes a chifres. Da mesma forma estes pescoços devem ter proteções para aguentar estes golpes violentos. Embora esses ataques raramente resultem em morte, eles às vezes podem causar ferimentos sérios.
Apesar do pescoço torto, a girafa avistada em 2015 parecia estar lidando bem, se virando com folhas nos galhos mais baixos das árvores que ainda estavam ao seu alcance. O mesmo pareceu ocorrer com outra girafa fotografada por um membro da empresa de safári Sun Safaris, no Delta do Okavango, em Botsuana, em 2016.
O detalhe distintivo deste vídeo é que a girafa macho, de uns 15 anos, tem tufos de pelos nos ossicones e a grande maioria dos machos adultos não tem por causa das lutas. Esta girafa ou tem uma grande quantidade de pelos nos chifres, o que nos leva a acreditar que isso pode ser um defeito de nascença ou, alternativamente, ela levou uma surra quando era muito jovem e não lutou desde então.
A maior subespécie de girafa, a Masai (Giraffa camelopardalis tippelskirchi) é mais alta de todos os membros da família, com alguns machos (aqueles com pescoços intactos) atingindo alturas de até seis metros e só o seu pescoço pode medir mais que 2,5 metros. Encontrada nas partes do sul do Quênia e da Tanzânia, a subespécie é reconhecível por seu padrão de pelagem distinto e irregular.
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