Após a Segunda Guerra Mundial, a demanda do mercado europeu por carros pequenos e baratos inspirou o engenheiro e empresário italiano Renzo Rivolta a criar um microcarro: assim nasceu o Isetta. O carrinho-bolha causou sensação quando foi apresentado à imprensa automobilística em Turim, em novembro de 1953. Era diferente de tudo o que se viu antes. A Rivolta também negociou acordos de licenciamento com empresas na França e no Brasil. Em 1955, a empresa concedeu os direitos de produção do Isetta para as Indústrias Romi, e assim nasceu o Romi Isetta. |
Lançado em 5 de setembro de 1956, o Romi-Isetta se tornou o primeiro automóvel de passeio de fato fabricado em série no Brasil. Até 13 de abril de 1961, dia em que Romi findou a produção no Brasil, haviam sido fabricadas cerca de cinco mil unidades em Santa Bárbara d'Oeste, muitas das quais ainda hoje permanecem nas mãos de colecionadores.
Tempos difíceis exigem medidas extremas. Enquanto os carros em geral estão crescendo, em algumas cidades uma nova geração de microcarros elétricos está em alta. Eles são mais baratos, mais fáceis de estacionar, consomem menos espaço público e energia, e manobram em torno de obstáculos que, de outra forma, bloqueariam grandes SUVs e congestionariam o trânsito.
E sabe de uma coisa? Alguns, como o Microlino, uma cópia descarada do Isetta, são tão divertidos que talvez, só talvez, ajudem a reverter a tendência de pessoas comprarem carros cada vez maiores e mais pesados.
O Microlino é um quadriciclo totalmente elétrico, leve e de quatro rodas, comercializado pela suíça Micro Mobility Systems, projetado para mobilidade urbana. Assim como o Isetta, tem uma porta de abertura frontal e faróis de espelho retrovisor montados externamente. O Microlino tem dois assentos, um porta-malas, um teto solar dobrável e pode ser carregado com um plugue doméstico ou tipo 2.
O Microlino é um quadriciclo leve, que combina aspectos de um carro e de uma motocicleta. Devido ao seu processo de engenharia, o Microlino tem 50% menos peças do que um automóvel típico e pesa apenas 513 quilos.
O Microlino Dolce I de nível médio, já comercializado na Europa e sem notícias de expansão, tem um preço de 20.000 euros (cerca de 123 mil reais) Ele tem uma velocidade máxima de 90 km/h e alcance de até 228 km para destinos bem além do centro da cidade. A versão Lite, custa em torno de 100 mil reais, alcança no máximo 50km/h, com autonomia para até 91 km, e que leva 5h para ser recarregada por completo.
Mas não é isento de falhas. Para começar, há muito plástico dentro do Microlino, mas as janelas são todas de vidro, ao contrário de alguns microcarros. O motor tem um zumbido chato distinto. Alguns proprietário também reclamam do o suporte do telefone que chacoalha quando vazio, o motor do limpador é barulhento e o ventilador tem duas configurações: alto ou mais alto. A única coisa que não é alta é o alto-falante Bluetooth portátil incluído.
A Micro também teve que fazer um recall, quando o Microlino começou a sofrer uma falha total com todos os sistemas inoperantes depois de uma recarga. A empresa disse que o problema estava localizado em um sistema que protege o carro contra picos de voltagem da estação de carregamento. Após atualização de software este problema não deverá acontecer novamente.
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