Robozinho bípede está passando pelo mesmo perrengue que os primeiros robôs da Boston Dynamics

Este pequeno robô se chama Humanoide Berkeley e é basicamente um torso com duas pernas, muito leve e ágil. Ele está na intersecção do Controle Não Linear aplicado e da Robótica Dinâmica Híbrida. O objetivo da equipe é projetar controladores para obter manobras dinâmicas, rápidas, energeticamente eficientes e robustas em sistemas híbridos e subatuados, como robôs aéreos e com pernas. Por isso o trabalho se concentrou na criação de locomoção bípede dinâmica, tanto andando quanto correndo, e manobras dinâmicas de manipulação.

Basicamente o robozinho simpático faz parte dos projetos da plataforma de "controle baseado em aprendizagem" do laboratório. Entre suas capacidades está a de se adaptar a qualquer terreno (plano, acidentado, gramado, com pedras) graças aos seus algoritmos de aprendizagem por reforço. Também é capaz de se movimentar para os lados, para trás e saltar, tudo em atitudes muito curiosas.

Além de tudo isso, o Humanoide Berkeley é muito robusto, de modo que mesmo que seja danificado de forma espetacular, pode suportar praticamente qualquer coisa. Aliás, no vídeo você pode ver como em um terreno montanhoso o operador de vídeo cai diante do próprio robô. Em um dos testes ele percorreu quase 400 metros em 10 minutos, atravessando todo tipo de obstáculos pelo campus.

Sempre que há um novo robô na vitrine, os engenheiros insistem em praticar o tal "teste de perturbação", também conhecido como "vamos irritá-lo com chutes e empurrões. Isso aconteceu várias vezes sobretudo com o robocão da Boston Dynamics. O teste é necessário para averiguar a estabilidade do robô. O Humanoide Berkeley passou pelo mesmo perrengue, e saiu ileso.

Não duvido que logo o Laboratório Berkeley seja denunciado no site Pare com o Abuso de Robôs, mas ei, é tudo pela ciência. Tamanho pequeno, compacto, aprendizado rápido... Pouco mais poderia ser pedido.