Ilha dos gatos japonesa revela que todos os seus gatos desaparecerão em breve

O Japão é famoso por suas ilhas de gatos, com quase uma dúzia de pequenas massas de terra ganhando o apelido devido às suas grandes populações de gatos de rua. No entanto, uma das mais famosas, Aoshima, localizada a 30 minutos de balsa da costa de Ozu, na Prefeitura de Ehime, no Japão, recentemente virou notícia ao anunciar que todos os seus gatos desaparecerão nos próximos anos. O anúncio foi feito seis anos após a ilha começar a esterilizar e castrar os animais, sob recomendação da Sociedade de Proteção aos Gatos de Aoshima.

A organização considerou que a população felina de 130 animais era grande demais para os 13 moradores da ilha cuidarem, principalmente porque a idade média da população humana era de 75 anos.

A moradora de Aoshima, conhecida como "mamãe dos gatos", é uma das pessoas que cuida muito dos animais e até mesmo limpa seus cocôs das ruas por toda a ilha de 0,49 quilômetro quadrado todos os dias para que o lugar pareça impecável para os turistas.

Com o número de turistas diminuindo, no entanto, e as viagens de barco do continente canceladas devido ao mau tempo, há o perigo de os gatos passarem fome, então a mulher, de 73 anos, armazena comida para os felinos o ano todo para garantir que eles nunca passem fome.

Aoshima estima que restem apenas dois anos para a Ilha dos Gatos, e não é apenas devido ao envelhecimento dos moradores, pois os gatos também estão envelhecendo, com todos eles agora com mais de sete anos desde a castração feita em 2018.

É uma situação muito diferente do passado, quando a ilha estava movimentada com 655 moradores humanos em 1960, mas nas décadas seguintes, os moradores foram embora para o continente, levando a ilha a se tornar superpovoada com gatos vira-latas, e agora, os números de moradores humanos e felinos estão em seu menor nível de todos os tempos.

A habitabilidade futura da ilha também está em questão. Atualmente, há apenas cinco moradores na ilha para cuidar de mais de 100 gatos. À medida que os turistas param de ir à ilha, há considerações sobre reduzir ou até mesmo cancelar o serviço regular de balsa.