Veteranos falam sobre a experiência de matar alguém na guerra

Mais de 20 milhões de veteranos militares americanos vivem atualmente nos Estados Unidos, muitos deles marcados pela guerra. Depois de anos travando uma guerra no exterior, muitos ex-combatentes, voltando à vida civil, são condecorados com o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), paranoia falta de moradia, uma espiral de medicamentos e vício. É bem conhecido o fato de que o Exército americano transforma homens em máquinas de matar, mas não os ensina a continuar vivendo. Ainda que hoje haja o estigma da guerra, muitos jovens acreditam na nobreza de servir o país e estragam suas vidas.

Muitos destes veteranos, quando são alcançados pelo TEPT, começam a ter flashbacks do combate, paranoia constante e a incapacidade de funcionar no ambiente familiar, social e profissional. O simples estouro de um balão pode desencadear uma reação inesperada. É o nome atual do que ficou conhecido como trauma de guerra.

A partir daí começam a visitar um psiquiatra depois de outro... e mais outro, que receitam remédios para combater o efeito colateral do outro ... e de mais outro. Para piorar, o tal do VA, Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, uma agência federal que fornece serviços de saúde aos ex-combatentes é um poço de burocracia. O veterano pode conseguir uma consulta hoje, mas só será atendido daqui a 3 meses.

O canal do Youtube Cut Video conversou com vários veteranos sobre suas experiências de guerra, especialmente como é matar alguém. Suas histórias são de partir o coração. Muitos deles ainda sofrem por isso, décadas depois.

Em 2017, o Guardian publicou uma entrevista com o sargento Isaac 'Bone' Lebonte, que serviu na 101ª Divisão Aerotransportada da Companhia Caos no Iraque. Filmado em 2008 pelo premiado fotógrafo Sean Smith, oito anos depois, da volta aos Estados Unidos, ele contou sobre seu primeiro tiroteio; as mortes de amigos íntimos; e suas dificuldades de adaptação à vida fora do exército.