Nazaré é um hotspot para ondas monstruosas na costa portuguesa. Todos os anos, entre outubro e março, surfistas de "ondas grandes" chegam à pequena cidade pesqueira durante um pico anual no tamanho das ondas, quando a água regularmente sobe cinco andares e ocasionalmente chega ao dobro da altura. Devido às suas enormes cristas, Nazaré é o lugar ideal para surfistas recordistas. Em abril de 2024, o surfista alemão Sebastian Steudtner provavelmente estabeleceu um novo recorde mundial para a maior onda já surfada ao enfrentar uma gigante medida provisoriamente a 28,57 metros de altura. |
O recorde ainda não foi oficialmente ratificado, mas se for validado, Sebastian terá suplantado seu próprio recorde de 26,21 metros estabelecido em 2020. Os dois recordes mundiais anteriores de 24,4 e 23,8 metros também foram alcançados em Nazaré em 2017 e 2011, respectivamente.
Em outubro de 2020, o surfista português Antônio Laureano, de 18 anos, surfou uma onda gigantesca em Nazaré que os pesquisadores estimaram mais tarde ter 30,9 metros de altura. No entanto, essa tentativa nunca foi oficialmente ratificada pela Liga Mundial de Surfe devido ao método usado pelos cientistas para calcular a altura da onda.
As ondas em Nazaré atingem proporções tão gigantescas porque se formam dentro do Cânion de Nazaré, o maior cânion submarino da Europa, que se estende por 210 quilômetros de comprimento e cerca de 4,8 quilômetros de profundidade no Oceano Atlântico, a sudoeste de Nazaré.
A água dentro do cânion viaja mais rápido do que águas mais rasas, formando grandes ondas em profundidade que são "dobradas" na direção de Nazaré, de acordo com o Observatório Terrestre da NASA. À medida que se aproximam da costa, essas grandes ondas se chocam com ondas vindas do noroeste, e essa colisão forma as ondas realmente superdimensionadas que os surfistas tanto adoram.
Nazaré produz algumas ondas gigantes, mas não é o local da maior onda já registrada. Esse título pertence à Baía de Lituya, no Alasca, que produziu uma assustadora parede de água de 524 metros de altura) depois que um terremoto desencadeou um deslizamento de terra diretamente na baía em julho de 1958. Essa onda matou cinco pessoas e derrubou árvores nas encostas ao redor da baía.
E enquanto o Cânion de Nazaré explica por que enormes cristas se formam neste trecho da costa portuguesa, ondas gigantescas também podem ocorrer aparentemente do nada. Ondas gigantescas, também conhecidas como ondas assassinas, são ondas que são pelo menos duas vezes mais altas que o estado do mar ao redor.
Elas são diferentes dos tsunamis porque não resultam do deslocamento de água por um terremoto, deslizamento de terra ou erupção vulcânica. Em vez disso, os pesquisadores acreditam que ondas gigantescas nascem de ondas menores que se fundem em ondas maiores, seja devido a ventos fortes na superfície ou mudanças nas correntes oceânicas causadas por tempestades.
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