Vídeo envolvente mostra como o Fotoplayer adicionava música e sons a filmes mudos

Antigamente, os filmes mudos não se limitavam a acompanhar música. Graças a um instrumento muito inteligente conhecido como Fotoplayer, as imagens tinham sons diegéticos como trovões, cantos de pássaros, campainhas e tiros, assim como uma orquestra inteira de instrumentos musicais tocando enquanto o filme era exibido. Esses instrumentos surgiram em 1912, saindo de moda com a chegada dos "filmes sonoros" no final da década de 1920. De acordo com a Sociedade de Cinema Mudo, menos de 50 sobreviveram, e desses, apenas 12 são conhecidos por estarem em condições de uso.

Um deles pode ser encontrado na casa de Joe Rinaudo, um historiador e preservacionista do cinema mudo, cujo trabalho dedicado chamou até mesmo a atenção da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que distribui o Oscar.

O interesse de Joe por filmes começou na década de 1950, assistindo a desenhos animados e comédias mudos na televisão em preto e branco. Movido por esse interesse, em 1976, ele comprou um Fotoplayer de 1926. O instrumento pertencia a um teatro em Saskatchewan, Canadá, mas foi construído em Van Nuys, Los Angeles, o que significa que Joe fez o esforço de enviá-lo de volta para a Califórnia antes de restaurá-lo completamente.

- "O fotoplayer usa uma combinação fascinante de piano, tubos de órgão, bateria e vários efeitos sonoros projetados para narrar a ação de qualquer filme mudo", explicou ele. - "Isso lembra um piano mecânico, mas com dois rolos para mudar a música para cenas diferentes; uma variedade de cordões de puxar, alavancas, botões e batentes conectados a um gabinete lateral contendo tubos de órgão, percussão, metais, efeitos sonoros e literalmente sinos e apitos."

O pianista geralmente deixa os rolos tocarem a música enquanto ele seleciona os batentes do instrumento e cria os efeitos sonoros, enquanto assiste o filme, para sincronizar as ações.

Em um vídeo recente compartilhado pelo compositor Alex Heflin, Joe faz uma demonstração emocionante de todas as capacidades do Fotoplayer, como se estivesse dando vida a uma cena cheia de ação. Embora esses instrumentos tenham desaparecido há mais de um século, eles continuam sendo uma parte fundamental da história do cinema, nos lembrando até onde os cineastas e fãs chegam para mergulhar em uma história visual.