A maior parte dos casais que vão ter um filho assumem que o sexo do seu bebê depende de um jogada de uma moeda cromossômica, com uma igual probabilidade de conceber um menino ou uma menina. Mas na realidade, as probabilidades não são proporcionais: para cada 100 meninas que nascem, o mundo ganha cerca de 106 meninos. Atualmente, esta enviesada proporção resulta em cerca de 10 milhões de meninos a mais do que meninas nascidos em todo o mundo cada ano. Essa proporção é moldada por forças biológicas, sociais, tecnológicas, culturais e econômicas. |
Por sua vez, a proporção de gênero tem um impacto na sociedade, na demografia e na economia. Há alguns países onde essa proporção está ainda mais a favor dos rapazes, mas isso não explica as probabilidades fixas no resto do mundo. A razão meninos/meninas são conduzidas pela mãe-natureza.
De fato, é ainda mais desproporcional do que as taxas de natalidade mostram: a concepção humana resulta em cerca de 150 zigotos masculinos para cada 100 femininos! Mas há uma trágica razão para esta grande biológica tendência no nascimento: fetos masculinos têm muito mais probabilidade de nascerem mortos do que os femininos, e os meninos que nascem sofrem de mais doenças fatais, correm mais riscos mortais e são expostos a mais violência do que as garotas.
Na altura em que as crianças crescem e atingem a maturidade sexual, a proporção de homens para mulheres é aproximadamente 1 para 1. Mas a probabilidade de um rapaz sequer chegar a nascer é também influenciada pelas condições de vida da sua mãe durante a gravidez. Por exemplo, quando uma enorme escassez de alimentos atingiu a China nos anos 60, a probabilidade de ter um filho subitamente caiu até a escassez terminar.
E homens nascidos bilionários parecem ser mais propensos a terem filhos homens. De alguma maneira, a biologia feminina suprime a sobrevivência no ventre durante tempos difíceis e aumenta quando os tempos são bons. Já vimos o mesmo padrão em outros mamíferos: quando os recursos são escassos, a mãe dá a luz a menos machos do que o normal; quando os recursos são abundantes, elas têm mais.
A melhor explicação que nós temos para isso tem a ver com sexo... o outro tipo. Em termos biológicos, o único objetivo da copulação é a reprodução, para passar seus genes para alguém que algum dia vai passá-los novamente. Descendência feminina é quase garantida a se reproduzirem, com ou sem abundância de alimentos, pois mamíferos machos estão quase sempre querendo acasalar.
Machos, por outro lado, tem de competir por privilégios de acasalamento. Um animal bem alimentado tem uma boa chance de acasalar com muitas fêmeas, enquanto um macho enfraquecido pela fome pode não conseguir praticamente nada. Então descendência masculina corre um risco maior de perder diversidade. Os machos, em todas as fases são mais propensos a morrer, e mesmo se eles viverem podem não se reproduzir. Mas se os tempos são bons, o potencial de meninos
para ser pai de muitos bebês os torna um risco biológico que vale a pena correr.
No mapa abaixo, vemos a proporção sexual das populações: ela é mostrada como a parcela feminina da população total. Países com mais de 50% -mostrados em laranja ou vermelho- têm uma população feminina maior, enquanto aqueles com menos de 50% -mostrados em roxo e azul- têm uma população masculina maior com destaque para Omã.
Ninguém se surpreenderá que, em Omã, embora a Lei Básica proíba a discriminação com base no gênero, não fornece igualdade ou proteção às mulheres em várias áreas. A violência doméstica e o estupro conjugal não são criminalizados em Omã. A poligamia é legal para os homens e as esposas devem obediência aos seus maridos.
Os pais são os únicos guardiões dos filhos e os maridos podem se divorciar de suas esposas por repúdio, enquanto as esposas precisam de motivos específicos para o divórcio ou renúncia de direitos financeiros. As mulheres não têm direitos iguais em herança ou em passar a nacionalidade de Omã para seus filhos. O aborto é proibido, inclusive para mulheres que foram estupradas. E ainda impera no país a prática da mutilação genital feminina.
No demais, a maioria dos países tem uma parcela feminina da população entre 49 e 51 por cento -dentro de um ponto percentual de uma parcela igual de homens e mulheres-.
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