Você pode pensar que a coisa mais perigosa que pode acontecer em uma praia é um ataque de tubarão, ou que a coisa mais assustadora pode ser um tsunami. Mas, na verdade, as correntes de retorno, canais estreitos de água que aparecem aparentemente do nada para puxar banhistas desavisados para o mar, matam mais banhistas do que todas as outras causas combinadas. Então por que elas são tão mortais e o que é possível fazer para evitá-las? A quebra de onda é o fenômeno que acontece quando a crista da onda choca-se com a areia, próximo à costa, devido à diminuição da sua velocidade. |
E as quebras empurram a água contra a praia, acumulando-a na zona de arrebentação. Quanto maiores as quebras, maiores as pilhas ficam. Mas às vezes, a água se acumula mais acima na costa em alguns lugares do que em outros.
Isso é instável. Então, em vez de simplesmente fluir de volta para o oceano do jeito que veio, a água das pilhas mais altas fluirá ladeira abaixo em direção a pilhas menores e depois para o mar, e uma corrente de retorno nasce. Mudanças na direção e intensidade do vento, ou características na costa que podem afetar as ondas podem fazer com que o tamanho das pilhas de ondas varie e crie condições de corrente de retorno.
Mas as correntes de retorno mais perigosas são causadas por bancos de areia. Como os bancos de areia são rasos, as ondas tropeçam neles, criando grandes ondas de retorno. Além disso, os bancos de areia agem como uma represa que retém água na zona de arrebentação. O perigo vem do fato de que os bancos de areia estão constantemente e imprevisivelmente mudando, e quando uma vala se abre em um banco de areia, duas coisas acontecem.
Primeiro, como a vala é mais profunda do que o banco de areia ao redor, as ondas de retorno não serão tão grandes sobre a vala quanto sobre o banco de areia, então a água se acumulará na praia em taxas diferentes. Segundo, essa lacuna atua como um dreno para a água que flui, canalizando a corrente de retorno para o mar. As correntes de retorno geralmente se movem de 30 a 50 centímetros por segundo, com as mais rápidas chegando a 3,5 metros por segundo, e a maioria delas pode facilmente dominar até os melhores nadadores e levá-los para longe da costa.
Então, mesmo se você for Michael Phelps, nem pense em tentar nadar contra uma corrente de retorno. Existem, no entanto, duas rotas de fuga potenciais que os especialistas em segurança de praia recomendam para quem for pego em uma. A primeira coisa a fazer é relaxar: as correntes de retorno não vão te puxar para baixo, apenas te afastarão da costa. Como as correntes de retorno costumam ser bem estreitas, uma opção é nadar paralelamente à costa e para fora da corrente.
Mas se nadar para um lado não for possível, possivelmente por exaustão, outra opção é simplesmente deixar a corrente de retorno levá-lo. O que parece... assustador. Mas as correntes de retorno não correm para sempre em direção ao mar; elas tendem a se espalhar à medida que se afastam da praia.
Então, se você conseguir flutuar por tempo suficiente, provavelmente voltará para as ondas e será empurrado para um banco de areia, onde a água provavelmente é rasa o suficiente para ficar em pé. Mesmo os melhores nadadores não devem nadar contra as correntes de retorno. Mas, quem é bom nadador, pode, alternativamente, nadar na direção da corrente de retorno traçando um ângulo de 45 graus em direção a lateral da mesma. Ao notar que já não existe mais corrente já é possível nadar em direção à praia.
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