Platicério, até o nome soa estranho: "platy de "achatado" e "cerium" de "chifre". Geralmente chamada de samambaia-chifre-de-veado ou chifre-de-alce, esse gênero de samambaia é, para dizer o mínimo, de aparência incomum. No entanto, elas são fascinantes de se olhar porque suas folhas são algo a mais, bem únicas. O gênero, com 18 espécies, é epífito, uma planta ou organismo semelhante a uma planta que cresce na superfície de outra planta e obtém sua umidade e nutrientes do ar, chuva, água e é nativo da América do Sul, África, Sudeste Asiático, Austrália e Nova Guiné. |
Olhar para um platicério é olhar para trás no tempo aproximadamente 50 milhões de anos depois da separação Gondwana, devido aos diferentes clados da planta espalhados pelo mundo. Na verdade, alguns botânicos acreditam que chifres-de-veado são uma transição entre samambaias antigas e modernas, porque sua fronde basal permanece intacta mesmo depois que suas frondes portadoras de esporos completam a reprodução.
Na fase adulta, são conhecidas como esporófitas e, como todos os outros membros da família das samambaias, produzem esporos para produzir a próxima geração. Vê a cor marrom nas folhas? Essas são as manchas de esporos.
Elas produzem um rizoma, ou talo de raiz, curto e este é o ponto a partir do qual a planta desenvolve suas frondes. No entanto, ela tem um truque na manga aqui. O primeiro tipo de fronde que ela produz é conhecido como fronde fértil e estes criarão os esporos para prolongar a espécie.
O platicério, no entanto, tem um segundo tipo de fronde, conhecido como fronde basal. Este é infértil, mas tem uma função muito importante. Estas frondes em forma de escudo laminam efetivamente a planta contra uma árvore, o que significa que o platicério pode ganhar altura vertical na copa.
As frondes basais também são usadas para proteger as raízes tufadas da planta de danos e de ficarem muito secas. Algumas espécies de platicério têm frondes férteis que produzem lóbulos em forma de coroa. Elas capturam água e outros detritos da floresta. Na maioria das vezes, porém, elas têm o formato de chifres, o que dá às plantas seus nomes comuns.
Cada frente contém esporângios, que é onde os esporos nascem e são dispostos nos lóbulos das frondes. Esses esporos em particular são frequentemente chamados de esporangiósporos, o que, reconhecidamente, parece uma refeição de macarrão italiano, mas sem eles não haveria a próxima geração de platicério.
O platicério pode formar colônias, mas algumas espécies têm um único caule de raiz. As colônias são criadas quando um único rizoma forma um ramo. Quando os esporos são liberados, espera-se que eles pousem em árvores vizinhas e iniciem o processo de crescimento novamente ali.
As espécies mais populares são o Platycerium bifurcatum e o Platycerium superbum, comumente cultivadas como plantas ornamentais. Essas samambaias de formato estranho crescem em árvores e pedras e podem ser encontradas em jardins, especialmente jardins tropicais.
De fato, a planta é tremendamente popular entre jardineiros e botânicos amadores. Uma busca no Youtube vai retornar centenas de vídeos onde youtubers exibem com orgulho sua grande coleção da planta. O entusiasmo com o platicério advém da vantagem dos tipos coloniais dessa linda samambaia que podem ser propagadas por meio de um processo de divisão.
Uma vez que são divididas, os entusiastas da jardinagem amarram a nova planta, usando meias, a uma árvore até que um novo rizoma esteja forte o suficiente para suportar o peso da planta por conta própria.
Elas realmente se destacam muito em jardins caseiros, mas são ainda mais espetaculares na natureza. Quando maduras, são grandes geralmente com mais de um metro de largura. À primeira vista pode parecer que o platicério é parasita, mas como escrevemos no início deste post ela são epífitas. De forma semelhante às orquídeas, crescem na planta hospedeira, mas não tiram sustento dela. Elas geram seu próprio alimento e, portanto, não precisam tirar alimento de sua árvore "hospedeira".
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