Com rostos de gárgulas, presas afiadas como navalhas e uma sede insaciável por sangue, morcegos-vampiros são combustível de pesadelo. E isso antes de começarem a correr. Ao contrário da maioria dos morcegos, que evitam o chão, os morcegos-vampiros são corredores eficientes, usando suas asas dobradas para impulsioná-los para a frente. Isso os ajuda a perseguir furtivamente o gado e, ocasionalmente, humanos desavisados. Os morcegos-vampiros são classificados na subfamília Desmodontinae. Todas as três espécies são endêmicas do neotrópico, distribuídas desde o México ao Brasil, Chile e Argentina. |
- "Eles não querem voar para baixo e cair bem nas costas de uma vaca", disse Kenneth Welch, biólogo da Universidade Scarborough de Toronto, que estuda morcegos-vampiros e outros animais com dietas especializadas. - "Em vez disso, eles pousam a alguns metros de distância, aproximam-se silenciosamente da perna da vaca e fazem uma pequena incisão indolor, sem que a vaca perceba."
De fato, Graças a um anestésico local em sua saliva, os morcegos-vampiros conseguem beber sangue de suas presas sem serem detectados. Dessa forma, eles podem se alimentar sem serem perturbados por até meia hora por vez.
Essas perseguições de presas podem drenar energia. E a dieta baseada em sangue dos morcegos do tamanho de uma palma é pobre em carboidratos e gorduras, dos quais a maioria dos mamíferos depende para gerar energia.
Como os morcegos-vampiros não conseguem se abastecer de carboidratos, eles parecem depender das proteínas do sangue que eles sorvem. Em um artigo publicado no periódico Biology Letters, Kenneth e seus colegas descobriram que os morcegos-vampiros geram energia rapidamente queimando aminoácidos construtores de proteínas.
Mas uma vez que os morcegos-vampiros foram colocados em uma esteira, eles flexionaram sua aptidão. Conforme a equipe aumentava a velocidade da esteira, os morcegos primeiro andavam, depois trotavam e, eventualmente, saltavam enquanto a esteira se movia a quase meio metro por segundo. A maioria dos morcegos continuou se movendo durante todo o período de teste de 90 minutos.
Os morcegos-vampiros há muito tempo cativam a imaginação dos humanos em todo o mundo. Embora frequentemente associados a mitos sobre criaturas semelhantes ao Drácula, apenas três das cerca de 1200 espécies de morcegos conhecidas -Desmodus rotundus, Diaemus youngi e Diphylla ecaudata, todas restritas ao Novo Mundo- alimentam-se exclusivamente de sangue.
Destes, o morcego-vampiro comum tem a distribuição mais ampla, estendendo-se do México à Argentina. Esta espécie alimenta-se principalmente de gado, porcos e aves, mas também foi documentada predando mamíferos nativos. Devido à criação de gado, na região do Pantanal D. rotundus apresenta taxas de captura superiores às da Mata Atlântica. Porcos são presas preferenciais desses animais e o aumento das populações de javaporco na região sudeste do Brasil pode causar a emergência de doenças transmitidas por este morcego.
Muitos morcegos que caem do poleiro podem morrer, e há várias razões para isso. Durante a temporada de berçário, os morcegos são mais vulneráveis a perturbações. Se você perturbar um poleiro de maternidade, os morcegos jovens podem perder a aderência e cair, o que pode levar a ferimentos e mortes e muitos deles simplesmente não tem força suficiente para alçar voo, esse não é o caso dos morcegos-vampiros.
Em colônias maiores, os filhotes também podem cair do poleiro devido à superlotação ou ao calor. A mãe morcego pode não conseguir recuperar o filhote caído devido ao seu peso e localização. As demandas de energia para criar filhotes podem ser tão grandes que morcegos adultos podem morrer. Morcegos-mãe carregam seus filhotes nas primeiras semanas, e elas precisam se alimentar mais para produzir leite.
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