O fotógrafo belga de vida selvagem Yves Adams tinha acabado de desembarcar na Baía de St. Andrews, na Ilha Geórgia do Sul, neste mês, quando um colega fotógrafo apontou para uma ave com aparência incomum. Yves, que estava liderando uma expedição como guia turístico, correu para a praia para capturar fotos do pinguim-rei em isolamento antes que ele fosse cercado por outros membros de sua grande colônia. O pinguim era coberto de penas pretas e não tinha a barriga branca e as manchas amarelas características pelas quais a espécie é conhecida. |
- "É um de uma colônia de centenas de milhares de pinguins que tem essa transformação de cor", disse Yves. - "Tentei seguir a ave quando ela tinha acabado de sair da água para a praia. Eu sabia que tinha pouco tempo para realmente fotografá-la, pois ela estava indo em direção à colônia e você não quer perturbá-los quando eles estão todos juntos."
A coloração rara do pinguim se deve a uma mutação genética chamada melanismo. É quando um animal produz muita melanina, o que faz com que a pele ou as penas fiquem mais escuras do que o normal.
- "O melanismo é algo que ocorre muito raramente em aves e mamíferos", disse Yves. - "Já ouvi falar sobre isso antes em outras espécies de pinguins, então eu queria ver isso há muito tempo."
A plumagem toda preta é, na verdade, uma desvantagem para o pinguim, já que a barriga branca faz parte de uma técnica de camuflagem chamada contra-sombreamento: quando um pinguim está nadando, o dorso escuro o ajuda a se misturar de cima com as águas escuras abaixo, e a barriga branca o ajuda a se misturar de baixo com o céu claro acima.
- "Não acredito que alguém já tenha visto esse pinguim todo preto antes", disse Yves. - "A temporada só começou na Geórgia do Sul, fomos apenas o terceiro barco a atracar lá."
Em geral, indivíduos com melanismo ou albinismo são rejeitados pelo bando, mas este foi completamente aceito pelas outras ave.
Esta é, na verdade, a segunda vez que Yves tropeça em um pinguim de aparência estranha. Em 2021, o fotógrafo viralizou on-line após capturar fotos de um pinguim amarelo nunca antes visto na mesma região.
- "Eu nunca tinha visto ou ouvido falar de um pinguim amarelo antes", disse o fotógrafo na época. - "Havia 120.000 aves naquela praia e esta era a única amarela lá."
A coloração estranha do pinguim nesse caso se deve também a uma mutação genética chamada leucismo, que resulta na perda de pigmentação. Suas células não criam mais melanina, então suas penas pretas se tornam esta cor amarela.
Cientistas descobriram que o pigmento amarelo nas penas dos pinguins é quimicamente diferente de todas as outras moléculas que dão cor às penas.
Fotos: Yves Adams / Compass Media.
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