Copenhague : o acordo sobre o clima cada vez mais longe

O caminho para uma prosperidade verde e um futuro mais sustentável desvanece-se. As negociações entre o os países ricos e países em desenvolvimento estão estancadas e não existe uma perspectiva de acordo na redução de emissões dos gases de efeito estufa.

O encontro de Copenhague tem por objetivo conseguir um acordo mundial sobre o clima, como base para um pacto sobre um novo tratado para substituir o existente Protocolo de Kioto após 2012, para evitar a perigosa mudança climática e propiciar uma mudança a uma economia mundial mais ecológica e menos dependente de combustíveis fósseis.

Os avanços importantes estancaram-se em temas como compartilhar o custo da redução de emissões, e um desacordo sobre elaborar um novo tratado climático ou estender o atual Protocolo de Kioto e agregar um acordo extra que inclua mais nações.

A proposta dinamarquesa de dividir as negociações em grupos menores para acelerar o progresso encontrou a oposição dos países menos desenvolvidos, apoiados pela China, um dos grandes emissores de gases de efeito estufa, devido a que temem que suas vozes não sejam escutadas.

Kioto limita as emissões de cerca de 40 países industrializados, mas não as dos Estados Unidos, que nunca ratificou o acordo, e não exige ações dos países em desenvolvimento.

Sob um novo acordo, Estados Unidos quer uma supervisão internacional do cumprimento dos países em desenvolvimento com respeito às metas de lento crescimento de suas emissões, algo que as nações pobres recusaram.

Os interesses criados em torno do petróleo fazem com que um acordo sobre a regulação de emissões de gases estufa seja quase impossível. E ainda que cheguem a um acordo é muito provável que muitos dos países participantes não o cumpram como aconteceu com o tristemente celebre protocolo de Kioto.