As imagens de uma câmera oculta, instalada próxima a uma barragem feita por castores, ao sul do Parque Nacional Voyageurs, no estado americano de Minnesota, nos mostram uma variedade de animais usando-a para cruzar o rio. Ao longo de um ano, vemos lobos, coiotes, raposas, ursos, veados, castores (é claro) e outras criaturas, bem como a mudança das estações. A barragem é tão robusta que a vegetação cresce em seu topo e o lago resultante é calmo o suficiente para congelar no inverno. A partir de 0:25 da linha do tempo, um "animal" percebe a presença da câmera e faz pose para a mesma.

Em 1948, o estado americano de Idaho resolveu dois problemas de uma vez: um incômodo criado por castores e um excedente de paraquedas que sobrou da Segunda Guerra Mundial. Logo após a guerra, as pessoas começaram a se mudar para mais perto do lago Payette, na localidade de McCall. Os castores residentes, que estavam lá por décadas ou mesmo séculos, foram logo declarados uma praga pelo Departamento de Caça e Pesca do estado, que decidiu realojá-los a 314 quilômetros de distância na Bacia de Chamberlain.

Em muitas localidade dos Estados Unidos, as pessoas consideram os castores como pragas e podem ser mortos a qualquer momento, por causar inundações e bloquear áreas de irrigação. Mas acontece que os dentuços podem ser verdadeiros engenheiros quando se trata de reconstruir e revitalizar ecossistemas ameaçados. Esta castora era uma recém-nascida quando seus pais foram mortos e ela foi levada aos cuidados de uma família de reabilitadores da vida selvagem. À medida que cresce, ela passa cada vez mais tempo ao ar livre com outros castores resgatados, mas ainda é bem-vinda em casa.

Tulipa é uma filhota de castor que foi encontrada vagando e doente. Mas ela teve sorte de se encontrar com Holley Muraco, que dirige a organização Centro de Resgate de Castores. Holley cuidou da pequena Tulipa até recuperá-la e lhe deu bastante comida, amor e segurança, ao mesmo tempo em que deixou seus instintos de castor se manifestarem. Tulipa usa tudo o que encontrar pela casa para começar a construir represas, como sua coleção de brinquedos! O fato dos castores construírem represas é uma das características mais interessantes da natureza. A família de Holley tem vários castores resgatados para ajudar Tulipa a aprender a socializar com sua espécie, e ela está programada para ser solta em seu ambiente natural quando estiver pronta.

Há centenas de anos os castores fazem parte da cultura popular e, em certos casos, influíram bastante no desenvolvimento de sociedades humanas. Um exemplo disto foi sua importância na colonização da América do Norte, já que a busca por suas peles foi um dos fatores que promoveram a exploração e o posterior desenvolvimento econômico, devido ao valor comercial de suas peles e de outros produtos obtidos deles, como o castóreo. Também é um elemento representativo da cultura canadense, a tal ponto que é o animal-símbolo nacional do Canadá.

Um castor muito ocupado em Saskatoon, Saskatchewan, no Canadá, fez um trabalho muito rápido com um tronco de álamo que ele mesmo havia derrubado. O roedor semiaquático determinado mastigou eficientemente o tronco em 45 segundos, jogou o galho pesado por cima do ombro, como se fosse um lenhador, levou para a construção da barragem. A compulsão desses animais em cortar árvores tem a ver com a sua necessidade de criar grandes diques para proteger suas tocas e se protegerem de predadores nos profundos reservatórios de água.

Apenas 3% dos animais conhecidos são monogâmicos, entre eles os castores, araras, pinguins, corvos, lontras, lobos e... cisnes. A única possibilidade de um casal de cisnes se separar é se uma nidificação, geralmente de 3 a 8 ovos, falhar. A família tem base patriarcal e o macho faz de tudo para proteger os filhotes e a fêmea. Como exemplo podemos ver como neste vídeo filmado em uma lagoa do Parque Bradgate em Glenfield, Reino Unido, um cisne macho quebra a fina camada de gelo para abrir caminho para sua parceira e seus cinco filhos.

O fotógrafo de vida selvagem Robert Bush registrou imagens da incrível variedade de animais selvagens que cruzam sobre e debaixo uma ponte natural, feita com uma árvore que caiu sobre o riacho no deserto da Pensilvânia. O vídeo, gravado durante o ano todo, mostra ursos, veados, linces, perdizes, castores e muitos outros animais selvagens atravessando a ponte ou nadando por baixo em seus habitats naturais.

Tente imaginar a situação de um dos nosso antepassados vendo que a vida era melhor do outro lado do rio e nada podia fazer porque não sabia nadar. Para sua sorte, um certo dia um grande tronco caiu e criou a oportunidade que ele precisava para atravessar. Certamente assim surgiu a primeira ponte, depois prontamente imitada pelo homem. Foi provavelmente isso o que pensou o entusiasta da vida selvagem Robert Bush, quando viu o "tronco" de uma árvore caída em algum lugar nas montanhas da Pensilvânia.

No passado já vimos como os sofisticados robôs usados pela BBC, para gravar animais com câmera oculta em seu habitat natural, são capazes de se fazer passar por macacos, gorilas, castores, etc. Que ocorrerá em um encontro entre um javali espião e um lagarto gigante?. A cena que vemos ocorre no episódio 3, de Spy in the Wild 2. O que parece um encontro terno acaba se tornando em um brutal ataque ao javali. A cena, como tantas outras de Spy in the Wild, é espetacular pela interação que a câmera espiã consegue registrar.