Todos os países têm um tipo de propaganda televisiva e o nosso parece atravessar um limbo de mau gosto depois das "gostosonas" das cervejas. Há países em que primam pelo aspecto "cool" e pela a estética bem cuidada. O Japão não está entre eles. Inclusive nós já falamos o motivo pelo qual os comerciais japoneses são tão heterogêneos, exóticos e coloridos: tem a ver com o um mecanismo de defesa inconsciente do próprio espectador, que já não se impressiona com qualquer coisa.

O fato é que a nossa falta de compreensão da linguagem torna a compilação de propagandas japonesas malucas ainda mais divertida, porque evidentemente deve haver uma conjuntura no que eles falam e não pode ser tudo tão absurdo assim. A fórmula das propagandas nipônicas parece simples: qualquer combinação de animais, anime, boy e girl bands, japinhas lindas, japas feios, cosplay, canto e coreografia em grupo, tudo sempre muito estranho e esquisito.

Em meados da década de 1980 e início dos 1990, as celebridades de Hollywood ganharam dinheiro extra fazendo comerciais extravagantes no Japão. E agora, eles estão voltando para assombrá-los. Isso incluiu Arnold Schwarzenegger, que fez vários anúncios de TV para o país em seu apogeu. Existem algumas razões para isso. Naquela época a Internet ainda não existia, então as chances das pessoas de outros países verem esses anúncios, muitas vezes tolos, era muito pequena.

Escutar ou ler sobre a publicidade japonesa, para muitos, pode desencadear sentimentos de dúvida e admiração, de estranheza e assombro. Para os que já viveram a experiência de ver as diferenças entre a publicidade oriental e a do ocidente, a sensação de assombro e estranheza poderia ser a mais recorrente, pois através dos anúncios comerciais, o Japão reflete essa distância que nos separa, uma distância que não só está delimitada pelos quilômetros de viagem, senão também na distância entre nossos códigos culturais e a maneira em que a percebemos e consumimos.

Cientistas japoneses da universidade Kobe Gakuin desenvolveram um dos sonhos dos fãs dos X-Men, uma cadeira similar à do Professor Charles Xavier, por causa de sua capacidade para levitar. No entanto, o projeto que sustenta esta cadeira tem propósitos mais nobres, ajudar os idosos a se deslocar.

Não faz muitos dias compartilhamos uma compilação com os bizarros comerciais japoneses e ontem recebemos a dica do amigo Roger Laz de mais uma delas. Inclui um super-herói que se transforma em motocicleta, um aspirador robótico de Panasonic chamado Rulo, danças virais, uma app para acender e apagar lâmpadas, Toyotas que parecem protagonistas de filmes de "Ready Player One", atrizes com orelhas de gatinho, algo de anime ao estilo Oliver e Benji e -lógico, não podia faltar-vasos japoneses cheios de gadgets.

O diretor e cineasta de Hollywood Spike Jonze dirigiu um vídeo muito peculiar para a marca de perfumes japonesa Kenzo. Com o que parece ser absoluta liberdade, Jonze reinterpretou o que é um comercial de perfumes, dando rédeas soltas à criação com uma explosão de energia entre o cômico e o catártico. Os comerciais de perfume costumam transmitir uma imagem de sofisticação e sedução aspiracional, tudo em tons e conteúdos muito graves. Na versão de Jonze é como se uma modelo libertasse toda essa tensão de centenas ou milhares de comerciais de perfume em um delírio explosivo de dança e fantasia.

Ainda que pareça um estilo de arte contemporânea, a arte do shokuhin sampuru, também conhecida como amostra de comida, começou a ser difundida no final dos anos 1800. Ocorre que no final do período Edo os vendedores de comida exibiam um prato de comida de verdade todos os dias em vez de um cardápio escrito. Para eliminar este custo, artesãos japoneses e fabricantes de velas desenvolveram modelos de comida que facilitavam o pedido dos clientes sem o uso de menus, que não eram comuns no Japão naquela época.

Em contrapartida às afirmações do primeiro vídeo postado hoje, os japoneses também gostam de algumas coisas bem esquisitas e bizarras, cujos maiores exemplos são encontrados em seus comerciais de TV, Mas isto não é exclusividade deles, os asiáticos parecem nutrir uma certa simpatia por coisas estranhas. Como amostra veja este produto tailandês muito estranho. Sei lá se é real ou não, mas com os asiáticos nunca se sabe...

Assim como a maioria dos esportes, o beisebol desenvolveu algumas tradições com a passagem dos anos, uma das mais conhecidas é o "first pitch" ("primeiro lançamento"), uma classe de cerimonial que se resume a presença de uma celebridade fazendo o primeiro lançamento antes do jogo -algo parecido ao pontapé inicial no futebol-. Mas como as japonesices não tem começo e muito menos fim, no Japão o rito mudou de forma.