Há dias que marcam um antes e um depois em sua vida. De repente ocorre algo que lhe marca todo um giro em suas rotina, perspectiva e prioridades, e sem saber muito bem de onde veio, tem que aceitar. Quando Susan Hickman encontrou um ovo de estorninho já rompido, não sabia que esse era um desses dias. Dentro encontrou um pintinho que chamou de Klinger, um animalzinho desvalido que se converteria no centro de sua vida durante muito tempo.

O mainá-de-crista (Acridotheres cristatellus), também conhecido como estorninho-chinês, é uma espécie de pássaro da família de estorninhos nativa do sudeste da China e da Indochina. Seu nome se deve ao fato de que ele apresenta um tufo de penas em sua testa que se assemelha a uma crista. Como muitos estorninhos, o mainá-de-crista é onívoro e come uma variedade de alimentos, incluindo vermes, larvas, grãos, frutas e até mesmo lixo. É uma ave altamente benéfica para os agricultores, pois se alimenta de insetos e não ataca as plantações.

O estorninho europeu, ou estorninho comum, é uma das aves silvestres mais amplamente distribuídas na região Norte do Globo. Mas devido a sua fácil adaptação está se espalhando pelo mundo todo. Ele foi introduzido no Uruguai, onde se espalhou pelo país e como o país possui uma fronteira seca com o Brasil, a ave já chegou no Rio Grande do Sul, e pode ser vista em pequenos bandos em áreas naturais e urbanas.

O fotógrafo Jan Helmer Olsen pegou seu quadricóptero com câmera e foi para Karasjok, Noruega, capturar estas belas tomadas aéreas da migração anual de renas. 3.500 animais podem ser vistos em seus 2 meses de longa caminhada em direção ao sul na busca de paragens mais cálidas. Desse ponto de vista, o movimento do rebanho de renas parece semelhante, de uma forma quase inexplicável, ao de uma revoada de estorninhos. Você pode encontrar mais do trabalho de Olsen em sua conta no Vimeo.

Eu já postei algo similar no MDig há algum tempo, mas não era tão espetacular e com tanta qualidade como este. Dentro de um aparente movimento aleatório dos pássaros quando voam em bando, está claro que há uma coordenação e um movimento conjunto, o que não sei é como fazem todos ao mesmo tempo e com tal grau de perfeição. Como é possível que se juntem tantos pássaros desta espécie?

Talvez não sejamos o melhor fotógrafo do mundo -nem pretendemos sê-lo-, mas certamente você tem uma foto, que, ao apreciá-la, pensa que é a mais bonita já vista. Acontece que às vezes temos a sorte de tomar a fotografia perfeita no momento e lugar exatos. Estas fotografias seriam feitas de forma casual ou seria a natureza conspirando para nos presentear com uma cena espetacular. Seja qual for a resposta, ocorreu com o fotógrafo alemão, Daniel Biber de Hilzingen.

Milhares de aves fazendo uma coreografia celeste que oscila ao redor da forma de um pássaro apenas é um dos fenômenos mais poéticos da natureza: a dança fractal conhecida como "murmuração", o sussurro coletivo dos estorninhos. E entre as centenas de vídeos desta poética dança do sol negro dos estorninhos talvez nenhum seja mais impressionante do que este captado em Utrecht, Holanda, em janeiro de 2015.

As grande nuvens de inverno em Roma, Itália, são surpreendentes de assistir, maiores do que as vistas em outros vídeos de murmúrios no MDig. O clima quente é amigável para os estorninhos nesta região, e as cidades são ainda mais quentes que o campo propiciando um chamariz para o sol negro. Mas o espetáculo dos pássaros pode também se tornar uma grande dor de cabeça, quando eles decidem se empoleirar nas árvores da cidade, criando uma tempestade de titica escorregadia e pegajosa, que causa estragos em carros, calçadas e ruas.

O estorninho europeu ou comum (Sturnus vulgaris), como muitas aves, forma passaredos quando procura alimento ou migra. Mas um murmúrio, também conhecido como sol-negro, é diferente. Este tipo especial de revoada tem esse nome devido ao som de um murmúrio baixo que emite a partir de milhares de batidas de asas e cantos suaves de vôo. Os murmúrios se formam cerca de uma hora antes do pôr do sol no outono, inverno e início da primavera, quando os pássaros estão perto de onde irão dormir. Depois de cerca de 45 minutos desta exibição aérea espetacular, os pássaros descem todos de uma vez para o poleiro para passar a noite.