Comumente os fenômenos da pareidolia -"aparição" de determinada imagens nos lugares mais inesperados- são associados com a religião e figuram como santas. Não importa se é apenas uma mijada no muro ou uma torrada queimada, se aparece a feição de Jesus, Virgem ou Papa, logo aparece alguém adorando. E conquanto a pareidolia não se limita a entidades sacras é neste metiê que quase sempre adquire uma maior notoriedade.

Durante sua última década, a deterioração da constituição física de Friedrich Nietzsche continuou a atormentar o filósofo. Além de ter sofrido de indigestão incapacitante, insônia e enxaqueca durante grande parte de sua vida, a década de 1880 trouxe uma dramática deterioração na sua visão, ficando praticamente cego do olho direito. O próprio Nietzsche declarou que escrever e ler por mais de vinte minutos tinha se tornado excessivamente doloroso para ele. Para tanto, muitas vezes ele escrevia sob efeito de drogas. Ele estudou biologia e se automedicava para minimizar os efeitos da sua doença.

Nietzsche, um dos autores mais controversos na história da filosofia moderna, foi um crítico contumaz da cultura ocidental e suas religiões e, conseqüentemente, da moral judaico-cristã. Seu trabalho afetou profundamente gerações de teólogos, filósofos, psicólogos, poetas, novelistas e dramaturgos.

Para expressar a possibilidade de que seríamos muito limitados para manifestar nossas emoções, Nietzsche disse certa vez que "Sem a música, a vida seria um erro." A protagonista do vídeo que ilustra este post vai mais além e sempre diz que "A vida seria preciosa se fosse um musical." A vovó Maureen é uma atriz aposentada da velha escolha, o que explicita claramente seu gosto pelos musicais. Seus filhos decidiram então realizar seu sonho e montaram um flashmob de surpresa com musical em plena praça, no dia que ela completava seus 85 anos. Muito bacana!

Em algum momento do MDig nós já falamos do Cemitério Monumental de Staglieno em Gênova, Itália. Inaugurado em 1851, continua a ser um lugar de pura fascinação e meditação. Ali podemos encontrar uma vasta e incrível variedade de esculturas notáveis que nos incutem perguntas sobre a nossa própria mortalidade, a nossa relação com a morte e do que, certamente, está por vir.

A sociedade contemporânea se jacta de ser livre e encarnar uma espécie de progresso moral e intelectual. No entanto, é difícil encontrar uma época na história na qual se tenha proibido e cancelado tantos intelectuais e artistas de uma maneira tão vazia e irracional. Lógico, após o nazismo muitos autores foram "cancelados", mas geralmente isso foi por associação direta com o nazismo ou porque suas ideias pareciam ter um vínculo com o fascismo. Nessa época também existiam a ignorância e a manipulação: um autor como Nietzsche foi censurado por um tempo em alguns países por ter sido admirado pelos nazistas pese a que suas ideias, bem lidas, não eram fascistas.

No século 4 a.C., o filho de um banqueiro escandalizou a cidade de Sínope falsificando moedas. Quando a poeira finalmente baixou, o jovem Diógenes de Sínope perdeu sua cidadania, dinheiro e todos os seus bens. Pelo menos, é assim que a história é conhecida. Embora muitos dos detalhes da vida de Diógenes sejam vagos, as ideias filosóficas nascidas de sua desgraça sobrevivem até hoje. No exílio, Diógenes decidiu que, ao rejeitar as opiniões dos outros e as medidas sociais de sucesso, ele poderia ser verdadeiramente livre.