Cruzamento de celebridades

O avanço da rede e consequentemente de suas mídias estão sempre envolvidas de forma proporcionalmente direta com a velocidade disponível nas conexões à Internet. Assim, na época em que as transmissões eram propulsadas por vapor de fogão a lenha e seus modens de 2.400 bps que perdiam corrida para lesmas paralíticas, a única coisa que trafegava era texto puro e mesmo assim, nem sempre o que era enviado chegava ao seu destino obrigando a criação de complexos protocolos de transmissão baseados em checksum

Em um outro estágio conhecemos os "poderosos" e caros fax-modens de 14.440bps e logo após os 28.800 que já permitiam ver imagens -se o internauta tivesse um pouco de paciência- e os famigerados gifs animados, que foram uma espécie de meme da época. Todo site tinha um arquivo gif, nem que fosse aquele do palito-man cavando para indicar que o site ainda não estava pronto. Por causa do uso indiscriminado, este formato quase foi "suicidado", ninguém aguentava entrar em um site e esperar uma animação de centenas de kb carregar dentro de uma célula de uma tabela. Muitas vezes o Pentium travava na tentativa obrigando o reset do equipamento.

Em outra fase mais recente chegaram os V90, que com velocidades de 56k já permitiam, em forma de tortura, baixar mp3 -horas para baixar uma música, vídeos nem pensar-. Mas naquele momento já estava claro que era só uma questão de tempo para a velocidade de conexão aumentar junto com a rede. Aleluia, a desgraçada da conexão discada (quase morreu, tem gente avessando MDig ainda assim) e chegamos na ADSL.

Hoje já existe um provedor de Internet japonês, So-net Entertainment, que vende um serviço de 2Gbps de download e 1Gbps de upload, destinado ao uso doméstico, por apenas 100 reais, o que pagamos em média por uma conexão de 10 MB no Brasil. Lógico que este serviço um dia chegará até aqui, é só uma questão de tempo, que irá, como conclusão deste texto, solidificar de vez a mídia de vídeo na rede.

Há algum tempo atrás vaticinamos que a Rede iria superar a televisão, e se isso ainda não acontece no Brasil, no mundo já é uma realidade. Segundo Eric Schmidt, ex-CEO do Google, esta singularidade mediática já aconteceu, pois no último mês o YouTube ultrapassou o bilhão de usuários únicos ao mês.

No final, as imagens do post não tem nada a ver com o exposto anteriormente, mas achei interessante fazê-lo, para mostrar porque as gifs animadas voltaram com tanta força e porque, diferente de alguns anos atrás, ninguém mais reclama que um ou outro post está pesado. Ademais é bom refletir e inferir, que mesmo que demore, a tecnologia acaba nos alcançando e é gratificante pensar que não demora muito para podermos interagir como se um personagem de "Minority Report" fossemos .

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Fonte: The Chive.