Aventuras e desventuras de curitibanos na praia

Um aspecto muito legal do Brasil é que, pese às extensões continentais, os moradores do Chuí compreendem muito bem os de Oiapoque, que os habitantes da maioria dos estados identificam os outros somente pela forma de se vestir, de se comportar e, sobretudo, de se falar. Não é à toa que Rousseau afirmou que ninguém sabe de onde é um homem até que ele comece a falar. A polissemia nem chega a constituir um problema na comunicação, mas há estados e cidades com várias palavras que se tornaram marcas identitárias dos seus moradores.

Foi dessa maneira que o Brasil inteiro aprendeu associar a palavra "trem" com os mineiros; "painho" e "mainha" com os baianos; "visse" com os pernambucanos, e "tchê" com os gaúchos, só para citar os mais conhecidos. Este é um processo de identificação fonético-acústico quase imediato que serve como um referencial cultural ou/e como uma espécie caricaturesca dos representantes dos locais onde essas palavras foram popularizadas. E se existe uma cidade onde algumas expressões e vocábulos são usuais somente em uma comunidade linguística, mas quase que totalmente desconhecidas fora dela, este lugar é Curitiba.

Este vídeo, muito divertido, nos mostra diversos exemplos, enquanto exibe de forma bem humorada as situações que o curitibano vive quando desce a serra. Ah... frequentava muito Ipanema, quando o balneário não tinha mais do que 3 ruas. Bons tempos!

Este outro vídeo do canal Tesão Piá, também é muito divertido, mas é preciso ter morado em Curitiba para entender algumas situações.