A artista de Teerã, Mahnaz Miryani, é fascinada por quebra-cabeças desde criança. Em seus arranjos culinários em miniatura, ela canaliza o amor por encaixar pequenas peças em composições satisfatórias. Bandejas minúsculas transportam doces, ovos, bolos e outros petiscos delicados, incluindo uma superfície de cozimento com uma torta de maçã em preparação. Mahnaz esculpe cada minúsculo croissant ou xícara de café com polímero de argila, adicionando textura para criar detalhes realistas. Então, tudo vai para o forno!

Para o filme Ricardo III, de 1995, o diretor Richard Loncraine rebocou um velho tanque soviético T-34 para o centro de Londres e o fez atravessar uma parede para a cena final da batalha filmada na Estação de Battersea. O tanque originalmente entrou em ação durante o levante da Primavera de Praga em 1968. Após a Revolução de Veludo e a dissolução da Tchecoslováquia, foi desativado e vendido, e foi usado como suporte na produção do referido filme de 1995. Após a conclusão do filme, o tanque foi colocado a venda como ferro-velho.

Roupas amadas mostram seu desgaste através de buracos que aparentemente aparecem do nada, o que é uma pena pois não há nada melhor do que vestir uma roupa surrada que já se moldou ao nosso corpo devido ao uso. Um pequeno buraco em uma jaqueta ou calça é decepcionante, e você pode pensar que é hora de se livrar da roupa. Mas, isso nem sempre é o caso. A arte japonesa do kaketsugi, ou remendo invisível, pode pegar uma peça de roupa danificada e fazê-la parecer nova; você nunca perceberia que o buraco estava lá.

Banksy viajou pelas ruas da Ucrânia marcadas pela batalha, produzindo uma série de obras que confrontam diretamente a agressão injustificada e injusta da Rússia. Os estênceis marcas registradas do artista de rua foram vistos entre os escombros de prédios e barricadas bombardeados em Borodyanka e Gorenka, ambos na região de Bucha, enquanto outros estão nos arredores da capital Kiev. Borodyanka foi um dos lugares mais atingidos pelo bombardeio russo da Ucrânia logo após a invasão de 24 de fevereiro. Cada um centra-se na força e resiliência do povo ucraniano.

Armado com coloridos balões 260, mais conhecidos na cena artística como balões-palito, e muito ar, o artista Masayoshi Matsumoto torce e amarra uma coleção divertidamente peculiar de criaturas infláveis. Engenheiro químico durante o dia, o artista passa suas horas de folga esticando o material maleável em uma perereca de dedos pegajosos ou esquilo gordo, elevando as criações tipicamente associadas a festas de aniversário infantis em elaboradas obras escultóricas. O diferencial de Masayoshi é que ele usa palitos de diferentes cores para delinear suas obras.

O artista taiwanês Han Hsu-Tung habilmente esculpe figuras em blocos de madeira, adicionando e eliminando segmentos cúbicos que fazem com que as esculturas pareçam estar se transformando em uma matriz monocromática de pixels como se fossem falhas digitais, só que em madeira. As obras apontam para nossa relação com a tela, apresentando a forma cada vez mais distraída com que vemos o mundo ao nosso redor. Os reinos digital, analógico e natural colidem nas esculturas dinâmicas, que causam ao espectador um misto de admiração e certa estranheza.

O amate é um tipo de papel que era fabricado na Mesoamérica pré-colombiana cozendo a parte interna da casca de algumas espécies de figueiras. O papel amate tinha usos religiosos e seculares, e era pintado com pincel e enrolado ou dobrado para poder ser guardado. Foi usado como um material básico por várias culturas mesoamericanas na produção de livros, incluindo os códices maias e os códices astecas. Um dos exemplos mais notórios que sobreviveu ao fanatismo de queima de livros dos saqueadores espanhóis é o Códice Maia do México.

No sudeste da Ásia, onde as palmeiras crescem em abundância, o ratã (Calamus rotang) tradicionalmente fornece uma fonte de material sustentável, acessível e adaptável para tudo, desde utensílios domésticos e móveis até equipamentos esportivos e artesanato. O escritório de arquitetura Enter Projects Asia transformou uma galeria de arte em Chiang Mai, Tailândia, tecendo uma forma contínua e ondulante em todo o espaço. Enrolando de sala em sala, a estrutura fornece iluminação ao longo do teto e desce até o chão para criar três cápsulas.

Conta a história que, em 1723, marinheiros alemães viram um pedaço de um material branco flutuando na água e o chamaram sugestivamente de "meerschaum", tradução literal para "espuma-do-mar", daí o nome comum atual. Aí nasceu a confusão toda: não existe a tal "espuma-do-mar", senão que a sepiolita, um tipo de argila composta naturalmente por magnésio e hidrossilicato. Os marinheiros usaram o material para fazer um cachimbo, que rapidamente se tornou valorizado como o material perfeito para fornecer uma fumaça fresca, seca e saborosa.

Descobriu-se recentemente que o quadro New York City I de Piet Mondrian estava pendurado de cabeça para baixo em exibição nos últimos 75 anos, o que fez uma história cultural praticamente projetada para se tornar viral. Sem surpresa, alguns consideraram que esta é prova positiva da fraude da "arte moderna". Afinal, quão bom Mondrian poderia ser se ninguém mais nos últimos três quartos de século pudesse dizer que sua pintura não estava na posição correta? Agora está em tão mau estado que é considerado arriscado virar o quadro sem causar estrago.

Uma série de criaturas selvagens habitam o mundo caprichoso da artista Penny Thomson, que cria mini esculturas intrincadas e cinéticas que cabem na palma da sua mão. Acompanhada em seu estúdio em Derbyshire, Inglaterra, por sua filha Briony, ela trabalha principalmente com papel machê, que começou a experimentar quando seus filhos ainda eram pequenos. A artista nascida em Sheffield habilmente captura o movimento de animais marinhos e terrestres em suas esculturas cinéticas que operam com manivelas simples.

Oito anos depois que o artista Charles Gaines começou a trabalhar em "Moving Chains", sua primeira comissão de arte pública, a monumental obra agora está no Outlook Hill, na ilha Governors, na baía de Nova Iorque. Evocando o casco de um navio negreiro, a enorme escultura cinética apresenta nove fileiras de correntes de aço pesando 720 quilos cada uma que rolam sobre uma estrutura feita de Sapele, uma espécie de mogno nativo da África, com oito movendo-se no ritmo das correntes do porto e o outro naquele de um barco.