A tripulação do Ye Olde Pub
Os dez homens conseguiram realizar a missão, mas a um alto preço, o atirador de cauda morreu e 6 tripulantes ficaram gravemente feridos, o bico sofreu danos, dois motores foram atingidos e dos dois restantes só um tinha suficiente potência. A fuselagem estava seriamente agravada pelos impactos das baterias anti-aéreas e caças alemães, inclusive o piloto Charles Brown chegou a perder a consciência momentaneamente. Quando despertou, sentiu o gosto de sangue na boca enquanto tentava estabilizar o avião e ordenar que atendessem os feridos.
Quando pensava que iria sofrer bastante para conseguir manter a aeronave no ar, chegou o pior... um caça alemão apareceu na sua traseira. Todos pensaram que havia chegado seu momento, mas o caça em vez de disparar, alinhou-se ao lado do bombardeiro. Charles virou a cabeça e viu como o piloto alemão fazia gestos com as mãos. Assim se manteve durante alguns instantes, até que o tenente ordenou um de seus homens a posicionar-se na torre da metralhadora, mas antes de poder cumprir a ordem, o alemão olhou nos olhos de Charles, fez um gesto com a mão e se foi.
Charles L. Brown e Franz Stigler
A duras penas, e depois de percorrer 250 milhas, o Ye Olde Pub conseguiu pousar em Norfolk, Inglaterra. O tenente contou a seus superiores o ocorrido, mas eles decidiram ocultar aquele ato de humanidade. Só que o tenente jamais esqueceu. Porque afinal aquele homem não havia derrubado sua aeronave?
Em 1987, 44 anos após aquele acontecimento, Charles começou a buscar pelo homem que havia perdoado a vida de sua tripulação, apesar de não saber nada dele e, muito menos, se ainda estava vivo. Assim colocou um anúncio em uma publicação de pilotos de combate:
- "Estou buscando o homem que salvou a minha vida em 20 de dezembro de 1943."
Em Vancouver, Canadá, alguém respondeu: era Franz Stigler. Após trocarem várias cartas e telefonemas, em 1990 conseguiram se encontrar. Foi como encontrar um irmão que não viam há mais de 40 anos e depois de vários abraços e alguma e outra lágrima, Charles perguntou a Franz:
- "Por que não derrubou meu avião?"
Franz explicou que quando alcançou o bombardeiro e já tinha um ponto de mira certeira para disparar, só viu um avião que a duras penas se mantinha no ar sem defesas e com a tripulação praticamente abatida. Não tinha nenhuma honra em derrubar aquela aeronave, era como abater um paraquedista ou chutar um cachorro morto.
Charles L. Brown e Franz Stigler
Franz havia servido na África às ordens do tenente Gustav Roedel, conhecido cavalheiro do ar, que inculcou a ideia em seus comandados de que para sobreviver moralmente a uma guerra, os soldados deviam combater com honra e humanidade; se assim não fosse, não seriam capazes de viver consigo mesmos o resto de seus dias. Aquele código não escrito em nenhum manual salvou a vida de Charles e seus homens.
O alemão ainda contou que tentou guiá-los para tirá-los do espaço aéreo alemão, mas teve que desistir quando notou que se aproximava de uma torre de controle alemã; se fosse descoberto com certeza teria como destino a pena de morte.
Durante vários anos compartilharam suas vidas e em 2008, com seis meses de diferença, faleceram os dois de ataque cardíaco. Franz Stigler tinha 92 anos e Charles Brown 87.
A bonita história termina aqui, mas logo após que os fatos foram divulgados na imprensa, começou um debate sobre a ação de Franz Stigler. Foi realmente nobre? Teria agido realmente com ética? Vou fazer o papel de advogado do diabo para tentar demonstrar que não.
Charles Brown acabara de bombardear Bremen, realizou uma missão que ao certo causou danos a capacidade aérea dos Alemães e seguramente as bombas atiradas por ele e seus homens acabaram com a vida de muitos alemães. Não foi um "dano colateral" -hipócrita expressão inventada décadas depois- senão que o bombardeio também tinha definidas pretensões de eliminar recursos humanos e não apenas as instalações. A mão de obra qualificada que fabricava os aviões era muito mais difícil de ser reposta do que as instalações.
Brown e Stigler com um quadro da reconstituição
Agora imaginemos que o tenente Charles decidisse mostrar um pouco de compaixão pelos pobres trabalhadores civis que construíam aviões em Bremen e em vez de lançar as bombas sobre pessoas indefesas, honoravelmente tivesse lançado suas bombas no mar. Mereceria reconhecimentos, distinções e honrarias por sua humanidade e compaixão? Lógico que não. O caso é que se não tivesse cumprido com seu dever, seria considerado traidor de seu país e enfrentaria uma corte marcial.
O dever de Franz Stigler era derrubar os bombardeiros da RAF para evitar que estes lançassem bombas sobre a Alemanha. Se o avião regressasse a Inglaterra, podia ser consertado e seus tripulantes participariam de novas missões, bombardeando outros objetivos. Ainda que a história não obvie este fato, o mas provável é que Charles e sua tripulação tenham participado em outros bombardeios e matado mais alemães.
Então, Franz tinha a obrigação, inclusive moral, de derrubar o Ye Olde Pub. Para isso tinha uma patente e haviam lhe confiado um caça, uma cara arma de guerra. Ele deixou de lado suas obrigações e traiu seu país, buscando unicamente seu benefício pessoal -sobreviver moralmente à guerra-. Merecia ter sido degradado, despojado de todas as honras e fuzilado.
Ainda que Franz estivesse no bando dos "homens maus" ao lado do eixo, não justifica sua traição. Já que então pensava que pertencia aos "bons" -estão entendendo?-.
A ação de Franz não foi honorável, nem humanitária nem ética, foi covarde -que é uma atitude muito humana, mas não humanitária-. Aposto que não teve problemas de lançar bombas sobre cidades, mas não foi homem o bastante para disparar contra pilotos que tinha a seu lado e com os quais deveria ter mais empatia e portanto sofreria um maior dano moral.
Depois de consideradas as duas partes, abre-se aqui o debate: humanitário ou covarde?
Fonte: New York Post e Daily Mail.
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Comentários
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matar por ódio é selvageria,e quem disse que há honra na guerra?hoje os motivos que levaram à guerra já passaram,mas o ato de humanidade permanece.se houvessem mais como ele o mundo seria bem melhor.
humanitário. não vejo nada de covarde.
o problema de uma guerra é que, nao importa de que lado esteja, estara sempre do lado do mal. Por isto as guerras sao abominaveis e deveriam ser abolidas - como se fosse facil, diriam.
Na guerra o natural é matar para nao ser morto, ou matar porque vai ser morto, ou matar quem tambem mata. Nao ha razao nas maos de assassinos, e se alguem esta no seu dia de sorte, ou tem a sorte a seu favor, nao estaria num campo de guerra, se pudesse nao estar. Se esta é porque esta sem sorte.
O belo desta historia é que anos depois estes dois homens se encontraram, nao no ar, nao de lados opostos da vida. Encontraram-se como dois ancioes que guardam um no olho do outro e se dao contam que sao dois iguais, e que alguma coisa muito errada os colocaram como coisas muito diferentes, como inimigos que nunca tiveram motivos para ser. Uma guerra que colocou homens contra homens. E no fim eram apenas isto, homens. Morreram quase que do mesmo modo, ate para dizerem que se lutaram em campos diversos, era uma luta que nao tinha senso de vida.
O autor do texto parte do pressuposto de que o piloto alemão poderia lançar uma bomba ou mesmo ter matado outras pessoas na guerra - mas esse é um pressuposto errado, não podemos simplesmente partir dessa conclusão sem ter esse dado.
Não seguir ordens de superiores, ainda que as ordens sejam de matar outros seres humanos, é covardia? A guerra é um horro, uma desumanidade em massa, e a escolha de não ceifar vidas e de não participar daquela insanidade sangrenta é uma escolha honrada e muito corajosa - ele não pode se responsabilizar pelo que aquela vida poupada fará depois, ele não pode ser responsabilizado se o homem que salvou-se vai matar, ele fez a escolha dele de não matar, principalmente por considerar a forma de morte injusta - os tripulantes não tinham chances de lutar para salvar-se.
Pela sua lógica, os homens que "seguiram ordens" nos campos de concentração é que foram honrados.
Em uma aula de Direito, uma professora contou um caso do começo da guerra, em que um grupo de jovens soldados alemães foram conduzidos a um pequeno vilarejo de maioria de judeus, e receberam ordens de executar todos. Eles foram ditos que os judeus eram o inimigo, que poderiam fornecer recursos para os inimigos da Alemanha e levar à morte de alemães, mas uma parte dos jovens recrutas recusou-se a matar as pessoas inocentes (e obviamente, acabaram eles mesmo sendo executados, mas antes disso - pasme! - foram chamados de "covardes" pelos demais alemães).
Pela sua lógica, eles são mesmo covardes e traidores. É a própria banalização do mal. Associar a violência com "coragem", com hombridade.
Excelente post, e simplesmente adorei o ponto de vista do autor, e realmente no início achei uma bela história, mas realmente ele foi um covarde, e é como se tivesse sido "corrupto", pois ele tentou se beneficiar "moralmente" da situação...
Acho q ele não deve ter sido lembrado como herói não, e tampouco humanitário. E os aliados podem se considerar "sortudos", simples assim.
mas , guerra é guerra.
Ora de todos os envolvidos foi o unico que poupou algumas vidas ao inves de ceifá-las. No fionald das contas provou-se que a guerra era estupida!
Humanitário
Eu acho q foi uma atitude nobre em termos de humanidade, ele tratou a vida dos soldados inimigos como se fossem aliados. Tratar as pessoas igualmente sem distinção de nacionalidade é uma coisa humana.
Os países não deviam ser dividido pela "raça/dna", deveriam ser divididos pelos pensamentos e crenças.
Na verdade é mais difícil matar a sangue frio alguém a quem vc viu os olhos.
Jogar uma bomba das alturas, sobre uma cidade e seus moradores é um ato do qual não se veem de perto as consequências.
Atirar depois de olhar nos olhos de uma pessoa, já ultrapassa as funções da guerra e se trata mais de um entendimento direto entre dois seres humanos.
Humanitário ou covarde?
Nenhum dos dois, atrevo-me a julgar, a guerra por si só já é algo primitivo e arcaico , os ideais em torno da guerra sempre são de interesses políticos, atrás de ideologias absurdas ou não, a briga é pelo poder, as ideias que se defendem para chegar ao poder é que dá medo!
Creio que chega um momento em que as pessoas simplesmente se cansam de matar e de ver mortes e destruição, então nesse momento se permitem a ilusão de se ter "moral", ilusão porque a guerra é imoral, você vestir um uniforme para assassinar outros já é imoral, as pessoas terem apoiado e até mesmo tolerados as idéias antisemitas, que já existiam séculos atrás , é imoral ou seja , não existe moralidade na defesa de uma guerra,pois ela se dá com o apoio asqueroso de costumes e pensamentos prejudiciais ao ser , seja humano ou animal. Então eu pergunto Humanitário ou covarde? Simplesmente humano, seria minha resposta.
admin, tu és nazi, né?. Então está tudo dito.
O piloto alemão fez o que na hora entendeu.
O resto é conversa fiada.
Achei o final do texto sem nexo nenhum. Na minha opniao ele nao buscou nenhum "beneficio pessoal"…Se ele atirasse naquele aviao ninguem se lembraria, ou falaria sobre o assunto. Tanto que, apenas 40 anos depois, e só porque o outro piloto decidiu comecar uma busca atras do homem que deixou ele sobreviver, é que o assunto foi retomado…. Se nao fosse por isso, ninguem saberia dessa historia. Franz nao contou a ninguem, nem a revistas, nem a nada sobre o seu "ato heroico"… Ele nao estava em busca disso… se nao o teria feito….
Numa guerra, em que vc eh OBRIGADO a participar, é voce por voce mesmo ali… Se ele decidiu que naquela hora seria o mais correto, entao foi o mais correto. Nenhum de vcs jamais participou de uma guerra pra saber oq eh matar "inocentes"… Ali sao apenas pessoas que sao obrigadas a matar os outros por causa de questoes politicas… Ou vc acha que ele nao preferiria estar com sua familia, pais e amigos ao inves de estar ali… tendo que decidir se mata ou nao alguem?
É a minha opniao, mas a conclusao do texto foi ridicula
nasistas, comunistas, gays e ladroes... sempre serao... nunca deixarao de ser.... mesmo querendo muito.
A decisão do piloto em não derrubar o avião inimigo não cabe análise e muito menos julgamento pois se acharão motivos para se justificar toda e qualquer opinião que se formar. Foi uma decisão pessoal e que somente a ele diz respeito mesmo que muitos não concordem com isso.
Em uma guerra não existe humanitários ou covardes, apenas homens que não sabem o que estão fazendo!
Cara, desculpa, não pude ler todos os comentários, então se qualquer eu disser merda, me desculpe...
Mas Concordo piamente com a Maria, e outra, não dá pra comparar um juiz e um assassino com uma guerra...
No caso só se o juiz fosse criminoso também, seria fedido julgando o mal lavado...
Politico Honesto
"Numa guerra, um soldado não tem que "simpatizar" com o inimigo, pois este, mais que um adversário, representa uma ameaça a sua nação, a qual ele serve. "
Mas esse foi um caso isolado, o piloto alemão provavelmente não dava trégua para todos os inimigos não...
Como já falaram aqui, o erro não está no alemão, está na guerra!
O Piloto só fez uma atitude humanitária, salvou a vida de alguns poucos...
E seria hipócrita da parte do piloto alemão julgar a vida dos americanos pelo que eles fizeram/fazem/vão fazer...O piloto mataria os americanos para poupar a vida de muitos outros, certo? Mas por outro lado, o piloto alemão provavelmente também foi culpado por morte de muitos outros "inimigos", como já dito, ninguém é santo...
Como o Moonwalker falou, imagina se todos pensassem da mesma forma que o Piloto alemão? É algo meio exagerado, mas enfim, "Você matou meus amigos e eu matei seus amigos, ficamos quites e para por aqui"
Imaginem quantos casos iguais não existiram nas duas grandes guerras, mas que não foram noticiados...
Pra completar, estamos falando de milhares de soldados, milhares de milhões, um caso isolado não vai definir uma guerra, e por outro lado se todos fizessem isso, não existiriam guerras...
Admin, você já postou aqui o único momento de trégua das duas grandes guerras? E aquilo? Foi covardia, ou humanidade? Opine você! :lol:
É, não dá para entender, mesmo. Na verdade, ética não tem muito haver com certo e errado.
Só sei que como eu disse para o Galiza no Facebook, aqueles caras não eram inimigos. Como poderiam? Nem se conheciam...
Por outro lado, estavam servindo nações que eram inimigas. Aí a gente tem que ver até que ponto é ético, bom, mal ou justo obrigar alguém a servir aos interesses de uma pátria que na primeira oportunidade vai lhe negar o seio (experiência própria).
É, simpatizou $$$$
Talvez pelas mesmas razões pelas quais há tantos bandidos soltos por aí: nem todos os profissionais são sérios e/ou agem de forma impessoal; vai ver, alguém "simpatizou" com o tal médico.
De volta ao assunto do post, cito este apotegma: "Destrua o inimigo antes que ele te destrua".
Juiz?
Dever?
Óra, vamos citar o caso daquele médico que abusou de mais de 50 pacientes e foi condenado à prisão...
Alguém pode me explicar por que o 'dever' deixou que ele saísse da cadeia e fugisse do país?
Numa guerra, um soldado não tem que "simpatizar" com o inimigo, pois este, mais que um adversário, representa uma ameaça a sua nação, a qual ele serve.
São casos distintos, mas imagine se um juiz "simpatizasse" com um criminoso condenado à pena de morte (por ter assassinado inúmeras pessoas, por exemplo) e, passando por cima de seu dever para com a sociedade e, obviamente, da própria lei, a qual deveria cumprir, de forma imparcial e objetiva, resolvesse simplesmente perdoá-lo e lhe conceder habeas corpus.
Em circunstâncias como essas (incluindo a guerra), os julgamentos devem ser impessoais, pois tais profissionais estão ali para cumprir com o seu dever, antes de qualquer coisa – mesmo porque são as decisões de caráter pessoal, subjetivas, as que mais levam a um arrependimento, mais tarde, no meio profissional.
Tyr, meu caro...
Boa sorte na tua DR...
Não se esqueça de que sempre terá em mim um ombro amigo para chorar... :roll:
Mas não lhe prometo nada além... pois vc sabe que este ano estou recolhida à meditação :roll:
Tenha um bom dia... e não se esqueça de levar algumas ataduras ... vc pode precisar
Maria, pra não fugir do tópico e demonstrar minha determinação eu vou exemplificar o que penso.
SE VOCÊ fosse o piloto do bombardeio e EU o piloto do caça, sem a menor duvida; (1) Eu metralhava (2) Jogava bombas em cima (3) Derrubava (4) E pra arrematar o serviço jogava meu avião em cima.
Se ficou alguma duvida do quão PAU DA VIDA estou me avisa.
Beijos singelos!
Não falei? :roll:
Hã... ok Tyr... engraçado, de repente me deu uma falta de memória... não me lembro o que comentei... :|
O que foi que comentei mesmo? :roll: Não lembro Tyr, nada, nadinha!
:P
Á Senhora Maria:
Hoje estou como um soldado que foi enviado ao front; Com sangue nos olhos e vontade de comer o figado do meu inimigo.
Meu <3 me deu um chega pra lá e quer uma DR em caráter de urgência urgentíssima. Não me venha falar de paz, amor e fraternidade.
Tenha um péssimo dia! :ma:
Deve ter muita gente "feliz" com esse piloto na Alemanha e principalmente na região onde o bombardeio aconteceu. A missão de qualquer soldado é neutralizar a ameaça, seja presente ou futura. Salvou alguma vidas, mas pode, com certeza, ter condenado muitas outras. Essa história está um tanto mal contada. Ele não foi humano, foi arrogante. Estava em busca de honra. Queria ver manter a honra na trincheira, com fome, frio e sózinho. Com amigos mortos e aos pedaços por todos os lados. A guerra é suja, não há honra na guerra. Só sobrevivência.
Tyr, sinto que hj vc está num daqueles dias... :roll:
Melhor eu sair de fininho...
Concordo com vc viu?
Beijinho :P
Se alguém me explicar o que o C* tem a ver com as calças eu agradeço.
O marido de uma amiga de minha mãe sofria de ataques.
Era aposentado por invalidez.
Ele tinha combatido na segunda guerra.
Tinha neurose de guerra.
A amiga de minha mãe estava andando com ele pela rua sossegados e de repente dava ataque nele. Uma vez ele arrebentou todas as barracas da feira, e não tinha quem conseguisse segurá-lo.
Ele sofreu desses ataques até a velhice, até morrer .
Sabem por que ele sofria assim? Porque ele não era um prego e nem um martelo, mas um ser humano.
Existe um ditado da Polinésia que diz "É falta de educação matar quem não esta em condições de se defender."
E existe um complemento desse ditado que diz: "E é também uma tremenda burrice não aproveitar isso."
E como disse o célebre Vicente Mateus (Que Deus o tenha!) "Quem esta na chuva é pra se queimar!"
Tá! Agora vamos falar de Tekpix !
Sou Tenente do Exército e entendo SIM de guerra. Nunca vivi uma mas as estudo a fundo, historicamente e doutrinariamente. Concordo com a opinião do autor do site. A guerra não se trata de um conto de fadas onde existe um lado "bom" e outro "mal". O que existe são nações com interesses próprios. O soldado é uma ferramenta do estado e deve cumprir com suas obrigações à despeito de suas vontades e vaidades.
Tente imaginar seu martelo se negando à acertar um prego.... friamente foi isso o que aconteceu.
Cagão, tanga frouxa!
Uma guerra é o ápice da estupidez humana, mas se voce esta nela tem que fazer o que precisa ser feito. Esse alemão foi um traidor. Ele sempre teve a disposição uma pistola para dar um tiro na própria cabeça, se não concordava com os acontecimentos.
Existe um ditado que diz: " Se voce for uma bigorna, tenha paciencia, se for um martelo, bata!"
Eu não acho que ele foi covarde. Nunca ouviram falar que quem encontrou um amigo encontrou um tesouro?
O alemão simpatizou com o americano, foi amizade à primeira vista, nesse momento não existia mais guerra, mas um sentimento de amor universal que se abateu entre o alemão e o americano.
Prova disso foi que décadas depois os dois se encontraram e se tornaram amigos, ou melhor, deram continuidade à amizade iniciada ali no céu ( céu terreno e não céu do além :roll: )
Quando existe amizade verdadeira entre duas pessoas, nada pode impedir dessa amizade se realizar.
E a amizade é cega, não vê raça, classe social, credo ou o que quer que seja.
Falam tanto que ele traiu seu país, óra, mas o que mais vemos todos os dias são políticos traindo seu país e seu povo, povo este que o elegeu.
Esquecem que quem vai para uma guerra são seres humanos, homens que têm ou tiveram uma mãe, um pai, irmãos, cachorro, gato e papagaio. Deixam para trás sua família, amigos e sonhos.
Mas eles continuam sendo seres humanos, não viram máquinas ou robôs, ainda possuem sentimentos e tenho certeza que nenhum desses soldados pedem para ir matar ou morrer na guerra, eles vão porque são obrigados.
Tá, se a cada mil soldados, novecentos e noventa e nove escolhessem não atirar, quantos minutos vocês acham que teria durado a guerra?
Não vou dizer que não existam guerras justas, como as do Sioux para proteger seus alimentos, ou como a dos mouros contra as Cruzadas, mas as duas Guerras Mundiais foram injustificáveis. Um abuso, uma covardia. Aliás, neste post, a Grande Guerra foi a única covardia citada.
(¬L¬) A liberdade surtou?
Vá saber.. Acho que humanitário, pois quanto menos mortes melhor. :D
Meu amigo ssssssssssssssssssssssssss, vejo que é bem ignorante mesmo, ao ponto de ser cretino, oque você entende de guerra, ah deve jogar vídeo game, que legal, massa, um dia seu filho ou ate você idiota pode entrar em uma guerra mundial, e cretinos como você que são os primeiros a cai em solo, IDOTA cresça e tome vergonha na sua cara e vai trabalha e honra sua mae e pai, procura a tentar fazer algo útil nesta vida. Queria ter um cara como você em meu grupo seria o primeiro a servi de cobaia em operações de virus.
Homems como voce que suja nossa patria, homems como vc que se Corrompi facilmente, tseu troxa, e ultima bala tinha que ser dada na sua cara.
A questão é, somos seres humanos, se toda as pessoas pensar como você meu amigo do SITE o mundo em que vivemos já teria sido destruído, mas graças a DEUS, ainda existe pessoas que pensa na vida, pensa em pelo menos tentar mudar algo para poder melhorar o mundo em que vivemos. E outra quando entramos em uma guerra somos obrigado a servi o nossa pátria seja sendo a favor ou não. Mas e quando não estamos em guerra, oque nosso pais, oferece para nós, há não sabe neh, olhe para os que dorme na rua em plena noite de frio, me esqueci vc fica ai atrás de seu computador neh, olha nossas crianças entrando na vida drogas por falta de educação adequada, me esqueci vc não tem filhos, no mínimo e filho de rico, pessoas como você deveria morar na África, para ver um pouco da realidade em que vivemos ao invés de ficar criticando pessoas que pelo menos teve a coragem de assumir os erros e tentar corrigi-los, queria ver se fosse seu pai naquela época. Caras como você irmão e os que estraga nosso BRASIL, caras como você tinha que ser banido deste mundo seu IMBECIL.
Guerra é guerra, salvou uns dois e matou tantos outros, pura palhaçada essa "honraria" se fuder, se tá em guerra tem que passar fogo mesmo, sem dó.
Ninguém aqui tem o direito de julgar os fatos.
Não estivemos durante os ultimos 4 anos em guerra tendo de conviver com uma realidade brutal.
O que o piloto do caça fez não certo nem errado.
É a decisão dele tomada naquele momento e não sabemos o que ele vivia para podermos julgar.
Tenho certeza que nenhum dos envolvidos queria estar onde estavão.
A dura realidade da guerra é uma só.
Os fracos perecem e os fortes vivem. A crueldade domina.
Parabéns ao Piloto pela atitude humana mas ele deveria ter atirado.
Em tempo de paz convém ao homem serenidade e humildade; mas quando estoura a guerra deve agir como um tigre!
William Shakespeare
quem vai para chuva é para se molhar , quem vai para guerra é para matar ou até mesmo morrer , mas tudo com honra e defesa da pátria !
Estamos falando das mazelas de ser humano, pois como tal trato o assunto.
É horrível de se admitir que tiraria a vida de outros e que fosse em circunstancias tão frias, e a guerra é.
Pois bem, avião inimigo, que bombardeou instalações em céu aéreo de sua pátria, não tem o que pensar. Derruba.
Como citaram abaixo, "O resgate do soldado Rayn" exemplifica bem isso, polpou no inicio e viu seus amigos serem mortos pelo mesmo.
Nem um e nem outro... Não da para julgá-lo pela circunstância. Eu atiraria nele se fosse essa a minha ordem!
O problema da guerra é que nela vale TUDO, você não pode confiar que um cara está morrendo porque ele pode não estar e te atacar do nada... Em uma guerra você tem que estar em alerta o tempo todo e não tem essa de ser humanitário ou covarde, você vai ser o que a circunstância te obrigar a ser e no caso dele ele foi humanitário, o principio dele de salvar uma vida e não ter que encarar o fardo de ter matado mais um prevaleceu!
Afinal de contas, tem outro fator em uma guerra, não se tratam de apenas pessoas frias lá, sem sentimentos, imagina você matar um cara que nunca fez nada com você só por uma desavença diplomática? É complicado analisar psicologicamente, ou até mesmo não estando lá :-(
Raxyz, o lado matador psicopata é um esteriótipo dado ao perdedor. Assim como o lado do ganhador cometeu torturas e -assassinatos- em massa e simplesmente ocultou. Isso aconteceu em ambos os lados.
Alemanha matava judeus (que também eram os "vilões" econômicos da Europa, e controlavam boa parte do capital enquanto viam os países falirem e caírem em inflações gigantescas, além de que foram/são um dos povos mais racistas do mundo) , Russia e China matavam qualquer um, Estados Unidos da America explodiu e contaminou cidades e mandava qualquer qualquer para a guerra ( ninguém chama os yankes de assassinos porque, afinal, eles venceram e escreveram a história ), Inglaterra queimava, matava, torturava, culpava quando não tinha quem culpar os negros/jamaicanos (que também eram lideres do comercio de drogas). E isso tudo é só a pontinha do monte, nenhum dos lados está certo.
Não posso julgar, não estava lá nem sequer tenho fontes imparciais. E não devo acreditar em alguém que escreve sobre si mesmo. Não posso julgar um individual pelo seus lideres (se você também é brasileiro também deve concordar com isto).
Bele> Você é um ser humano, e quando pousasse você veria o que outro ser humano fez com vários outros seres humanos, estes seus compatriotas, e que faria novamente.
Kelly> O problema não é você recusar e ser morto, é você recusar, ser morto, desgraçar sua família e desonrá-la, eles não conseguiriam um emprego ou sequer esmola na rua. Isso acontece em todas as guerras.
Nota: Eles não eram paraquedistas indefesos, eles tinham uma arma. Se você está em um campo de guerra, como uma arma, você é uma ameaça.
Pra mim se o soldado prezasse a honra, nem sequer entraria na guerra. Sim, muitos foram presos em campos de concentração naquela época por não quererem matar pessoas na guerra nem honrar a Hitler. Mas já que estava na guerra ele deveria sim matar o inimigo, porque foi o inimigo que matou milhares de compatriotas e até parentes e amigos. Não acredito que trair a nação seja combater com honra.
Bom, sei lá, eu fico dividido nas opiniões, e não sei o que faria na hora...
Não fazemos idéia do que se passa na mente de um soldado, e tentar entender isso é inútil...
Nossa, faria o mesmo que o piloto alemão, sou um ser humano, ele não viu ali um inimigo mas sim seres humanos, jovens com sonhos, uma família e que provavelmente estavam naquela guerra pelos mesmos motivos que ele...não tiveram opção. Por mais treinamentos que possam passar soldados, eles não são maquinas de matar, são possoas como eu ou você. :-(
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