Há alguns dias que estou protelando este post esperando a volta do site Project Facade -que está com problema no banco de dados-, de onde retirei estaS fotografias. Esta página tem como objetivo nos dar uma ideia das limitações existentes para os cirurgiões reconstrutivos e estéticos no princípio do século passado, e que, apesar de todas as restrições técnicas, cirúrgicas e medicamentosas, faziam milagres. Atenção: Recomendo vivamente que sensíveis abstenham-se de ver este post. |
O talento E a criatividade desses profissionais (e um pouquinho de espírito de açougueiro também) eram as poucas ferramentas com as quais contavam, e mesmo assim conseguiam êxitos dignos de aplauso. Tudo isso só foi possível porque o o médico Harold Delf Gillies, depois de ver os experimentos da nova técnica de enxertos de tecidos, decidiu ir a Paris, para conhecer o renomado cirurgião Hippolyte Morestin. Foi lá que Harold viu como ele removeu um tumor da face de um paciente, e cobriu o buraco com a pele da mandíbula do paciente.
Gillies se tornou um entusiasta do trabalho e retornou à Inglaterra persuadiu o cirurgião-chefe do exército, Arbuthnot-Lane, de que necessitam de uma enfermaria para danos faciais, que logo se transformou em um hospital especializado em reparos faciais foi desenvolvido, em Sidcup. O Queen's Hospital abriu em junho de 1917, com suas unidades convalescentes com mais de 1.000 leitos. Ali Gillies e seus colegas desenvolveram muitas técnicas de cirurgia plástica e realizaram mais de 11.000 operações em mais de 5.000 homens -a maioria soldados com danos faciais, geralmente por balas-.
As fotografias mostram um sujeito de codinome A. J., membro da marinha britânica, que recebeu um tiro de arma de fogo que destroçou grande parte da sua mandíbula. Por sorte, a língua ficou intacta.
Ao longo do tratamento tentaram de tudo, e foram reconstruindo a mandíbula deslocando enxertos de pele e carne em forma de tubo, retiradas do corpo (peito, coxa e nádegas), para o rosto do paciente.
As fotografias mostram a evolução do tratamento, que durou aproximadamente três anos, desde 1919 a 1922.
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Comentários
Parabéns a esses cirurgiões que nos abençoaram com muitos casos com grandes perdas teciduais e com grande percentual de sucesso!Durante os combates do século XX também tivemos muito progesso na Cirurgia Buco Maxilo Facial e Traumatologia.Grandes cirurgiões!!
Excelente resultado tanto para medicina de 100 anos atrás como pasta agora. O paciente com toda certeza ficou satisfeito e com uma melhora de qualidade de vida significativa.
A técnica utilizada pareceu bastante complexa, porém atendeu 100% ao seu objetivo.
Parabéns aos grandes cirurgiões do passado.
Impressionante.
O tratamento em processo, é muito estranho, mas o resultado ficou muito bom.
Também não entendi direito os meios.... mas o final ficou muito bom.
Já vão colocar Deus no meio de novo... que infortúnio!! :ma:
Achei que ficou muito bom, especialmente levando em conta as limitações da medicina. Nesse caso é válido os esticamentos de pele para criar a reconstrução, diferente daquela bizarrice da semana passada de balões de silicone para calvicie.
Mas Deus faz melhor, sim.
Não gostou?
Pede pro fanfarrão do teu deus fazer uma melhor!
Realmente foi algo que mudou completamente a medicina na época e que hoje com a tecnologia atuais pode se fazer com mais precisão e segurança. Mas uma questão que me intrigou: Essa pessoa, como ela viveu, nos primeiro estágios do processo. Ela saia (no local onde estava sendo tratado). E no resultado final (ultima foto), ele saiu de fato de onde estava para o convívio com a sociedade?
Depois de vermos assuntos como estes podemos perceber o quanto a medicina evoluiu.
Interessante.
e ultimamente nao se dao importancia para a medicina por ai...
Muito interessante.
Belo trabalho do medico dando mais dignidade a um heroi de guerra.
Boa Luke, sorte!
Ops, Boa sorte, Luke!
Não entendi o processo. Mas sim, foi um resultado satisfatório.
Caramba... ficou muito bom... para 90 anos atrás...
Vou colocar um mamilo no meio da testa :roll:
Hum.