Uma breve história dos sanitários desde a antiga Mesopotâmia até os dias atuais

Em um par de artigos do MDig, já contamos como a ideia dos banheiros atuais surgiram, quando, em dias de sol, os cidadãos da Roma antiga se encontravam para fofocar enquanto cuidavam de negócios mais urgentes nas latrinas públicas. Lógico, hoje, a maioria das culturas considera as idas ao banheiro uma ocasião de foro íntimo. Mas, mesmo quando estamos sozinhos, nossa infraestrutura de esgoto compartilhada para lidar com a "merda" é uma das invenções mais importantes da história da humanidade.

Me desculpem o uso da palavra, mas "merda" é muito injustiçada, nem é palavrão. Na verdade, é uma palavra clássica que significa "excremento" e cuja origem remonta a "Erda", uma localidade romana conhecida por ser muito suja. Não tem nada de feio com a palavra. Feio é o significado dela, o cheiro dela.

Cada humano dá à luz em torno de 55 quilos de cocô por ano, mas, graças ao banheiro e o eficiente sistema auto-limpante, o ciclo da água, os 400 milhões de toneladas de cocô que a humanidade produz por ano não ficam empilhados na frente da nossa casa.

Embora não seja provável que você tenha estudado a história dos banheiros na escola, ela segue o mesmo curso "enfezado" das obscuras eras históricas. Os sistemas de saneamento público eram sofisticados (embora estranhos) durante o Império Romano, mas foram perdidos durante a Idade das Trevas.

Desenvolvimentos posteriores levaram a uma melhor higiene, mas apenas para as comunidades que podiam pagar, levando a desigualdades globais que continuam até hoje. A propósito, este vídeo do TED-Ed mostra uma série de defecações em um desenho animado, caso isso o incomode. De fato, o narrador do vídeo é um "torocinho".