As lagostas fêmeas fazem xixi no rosto de seus parceiros em potencial para serem convidadas a entrar em suas tocas. Ainda mais estranho, a bexiga de uma lagosta fica abaixo de seu cérebro, então o xixi esguicha de seu rosto.
Os hipopótamos, por sua vez, tornaram-se sensações do YouTube por seu comportamento bastante desagradável de "banho de estrume". Os hipopótamos giram suas caudas atarracadas para impulsionar uma mistura de xixi e cocô até dez metros, usando a técnica para marcar seu território. De fato a expressão "jogar merda no ventilador" deve ter se originado daí.
Hipopótamos também foram observados jogando cocô diretamente no rosto de seus interesses amorosos durante o namoro. Que fofo!
Viver na natureza pode ser difícil. A menos que você seja um grande predador, algo, em algum lugar próximo, provavelmente quer comê-lo. Alguns animais são rápidos o suficiente para fugir de predadores ou, como os tatus-bola, se protegem com suas armaduras em forma de bola.
Outros desenvolveram estratégias de sobrevivência mais revoltantes. Cachalotes, por exemplo, são conhecidos por defecar na água por um período de tempo surpreendente. Isso cria uma nuvem de excremento que os esconde de invasores ou mergulhadores azarados!
E algumas aranhas se aproveitaram do fato de que os pássaros, ao contrário de outros animais, não gostam de comer seus próprios excrementos. Como o próprio nome sugere, a aranha-cocô-de-pássaro (Celaenia excavata) evoluiu para se proteger dos predadores de pássaros, parecendo cocô de pássaros.
A aranha tem um padrão de cor preto, marrom e branco e uma forma atarracada. Ela fica parada nas folhas e outros locais expostos durante o dia, enganando os predadores para que pensem que é uma titica de pássaro.
Mas se houvesse uma competição pelos mecanismos de autodefesa mais repulsivos, mas eficazes, ela iria para os pintinhos do rolieiro-europeu (Coracias garrulus). Quando assustados, esses filhotes expelem um líquido laranja fedido em seu agressor e em si mesmos. Isso não apenas detém o predador, mas também avisa os pais dos pássaros sobre o perigo ao redor.
Apesar da natureza escatológica deste artigo, excrementos rejeitados contêm uma riqueza surpreendente de informações para pesquisadores que analisam espécies difíceis de estudar.
A presença de cocô ou vômito pode ajudar os pesquisadores a determinar onde uma espécie vive na paisagem, especialmente quando, como no caso do cocô em forma de cubo dos vombates, é projetado para não rolar.
Os dejetos também podem revelar informações importantes sobre a dieta de um animal, por meio da identificação dos ossos ou do material genético presente. Levando isso para o próximo nível, as informações de excrementos foram usadas para descrever ecossistemas inteiros.
Por exemplo, os cientistas usaram o vômito de coruja para monitorar os mamíferos ameaçados presentes onde o pássaro vive. E informações sobre o estado da doença de um animal e o microbioma intestinal podem ser extraídos de fezes e vômitos. Esses métodos também têm a vantagem de não serem invasivos, o que significa que os pesquisadores podem verificar a saúde de um animal sem manipulá-lo fisicamente.
Se já não foi o bastante para convencê-lo do poder do cocô, considere mais estes fatos:
1. Criando praias de areia branca: Os peixes-papagaio têm alguns dos dentes mais fortes do reino animal, que eles usam para forragear nos corais. Seu sistema digestivo o transforma em areia branca e fina, o que significa que o cocô de peixe-papagaio ajuda a criar belos destinos de praia.
2. Ameaça da cena do jantar ao ar livre: Na década de 1950, os cientistas perceberam que os besouros nativos não estavam interessados em comer estrume de vacas introduzidas na Austrália (tinha que ser!). Isso deixou o país coberto de estrume, um terreno fértil perfeito para moscas transmissoras de doenças.
A certa altura, as moscas eram tão numerosas que as refeições ao ar livre eram proibidas para proteger a saúde pública. Eventualmente, besouros-de-esterco comedores estrume foram levados do exterior para resolver o problema.
3. Resfriando o planeta: Pesquisadores mostraram que o cocô de pássaros pode ajudar a combater as mudanças climáticas. Eles descobriram que no Ártico, a amônia produzida a partir de toneladas de guano -fezes de aves marinhas- ajuda a formar nuvens que podem bloquear parcialmente a luz solar.
Então agora você sabe um pouco sobre como a escatologia faz o mundo animal girar.
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