Madagascar, a quarta maior ilha do mundo, tem quase a mesma área do estado de Minas Gerais. Isoladas no Oceano Índico, na costa da África Austral, cerca de 70% das estimadas 250.000 espécies encontradas na ilha não existem em nenhum outro lugar do mundo. A ilha é o lar de esquisitices evolutivas como lêmures, lagartos de cores brilhantes, tenrecs, fossas e toda classe de flora que não pode ser encontrada em nenhum local do globo. Os cientistas há muito ficam intrigados com os níveis extraordinários de diversidade biológica de Madagascar. |
De fato, explicar os níveis extraordinários de endemismo vegetal e animal de Madagascar é chamado de "um dos maiores mistérios não resolvidos da história natural".
A longa separação de Madagascar da África e da Índia explica apenas alguns aspectos do endemismo da ilha. Ainda mais intrigante é que muitas dessas plantas e animais têm distribuições muito pequenas na ilha, algo que é chamado de microendemismo.
Este é exatamente o caso da tartaruga-irradiada (Astrochelys radiata) presente apenas no sul da nação insular. Hoje este quelônio foi introduzido nas ilhas Reunião e Maurício como uma forma de conservação em andamento para salvá-la da extinção.
A radiata está classificada como criticamente ameaçada na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, principalmente devido à destruição de seu habitat, à caça furtiva, porque sua carne é muito apreciada e também pelo tráfico de animais como pet.
Esta tartaruga tem o formato básico do corpo da maioria dos quelônios terrestres, que consiste na carapaça com cúpula alta, cabeça rombuda e pés de elefante. As pernas, pés e cabeça são amarelos, exceto por uma mancha preta de tamanho variável no topo da cabeça.
A carapaça da tartaruga-irradiada é brilhantemente marcada com linhas amarelas irradiando do centro de cada placa escura da carapaça, daí seu nome.
A espécie é muito longeva. A tartaruga-irradiada mais antiga já registrada com certeza foi Tu'i Malila, que morreu com uma idade estimada de 188 anos. Acredita-se que uma tartaruga chamada Adwaita era ainda mais velha quando morreu em 2006.
Por último, e não menos importante: tartaruga-marinha, tartaruga-terrestre e tartaruga-da-água-doce são todos quelônios -ou quelídeos no caso da última-, são todas tartarugas. Jabuti e cágado são vernáculos que não correspondem a nenhuma classificação taxonômica. De fato são duas palavras que só existem no português para relatar duas espécies de testudines brasileiras ou portuguesas.
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