Pangolim órfão precisa ser cuidado da mesma forma que sua mãe faria

A aparência física de um pangolim é marcada por escamas grandes, endurecidas, sobrepostas e em forma de placa, que são macias em pangolins recém-nascidos, mas endurecem à medida que o animal amadurece. Estas escamas macias precisam ser escovadas para que se desenvolvam e enrijeçam com a passagem do tempo. Elas são feitos de queratina, o mesmo material de que são feitas as unhas humanas e as garras dos tetrápodes, e são estrutural e composicionalmente muito diferentes das escamas dos répteis. O corpo escamado do pangolim é comparável em aparência a uma pinha.

O pangolim pode se enrolar em forma bola quando ameaçado, com suas escamas sobrepostas agindo como armadura, enquanto protege o rosto colocando-o sob a cauda. As escamas são afiadas, fornecendo defesa extra contra predadores.

As línguas dos pangolins são extremamente longas e, como as do tamanduá-bandeira e do morcego-de-lábios-tubo, a raiz da língua não está presa ao osso hióide, mas está no tórax entre o esterno e a traqueia. Grandes pangolins podem estender suas línguas até 40 centímetros para fora da boca.

Infelizmente esses animais são ameaçados pela caça furtiva, por sua carne e escamas, que são usadas na supersticiosa medicina tradicional chinesa e pelo intenso desmatamento de seus habitats naturais, e são os mamíferos mais traficados do mundo. Por isso as oito espécies de pangolim têm status de conservação listado no nível de ameaça pela União Internacional para a Conservação da Natureza.

Assim muitos filhotes acabam órfãos quando perdem suas mães para o comércio ilegal destes animais e se não fossem projetos de resgates de filhotes, como o Projeto Sangha Pangolim, estes pobres animaizinhos teriam o mesmo triste destino de suas mães. Ali eles são cuidados da mesma forma que uma mãe faria.

- "Criar um bebê pangolim é, na minha opinião, mais difícil do que criar um bebê humano", disse Tamar Cassidy, um veterinário voluntário do Sangha. - "Embora não sejamos os melhores coçadores, ele adora ser escovado."

Além da alimentação e exames de saúde regulares, o filhote precisa ser passeado regularmente e tratado com os mesmos cuidados que a mãe teria, ensinando-o a trepar em árvores e cutucar cupinzeiros e formigueiros, para mais tarde, quando tiver autonomia possa se virar sozinho. O único problema inoxerável é que estes pequenos devem manifestar o processo de imprinting, ficando ainda mais dóceis do que são e sem medo de humanos.