Como um cirurgião principal com seu bisturi, o artista Guy Laramee continua a esculpir esculturas surpreendente em livros e por isso tivemos que inventar esta Parte 2. Neste post apresentamos algumas peças de sua coleção mais recente, Guan Yin. Uma coleção que vem complementar com chave de ouro as outras séries já realizadas pelo artista. Laramee dedicou a atual para sua falecida mãe, que morreu em 2011, poucos dias após o tsunami devastador do Japão. |
- "Eu estava ao seu lado quando ela deu seu último suspiro", diz Laramee. "Na verdade não pude sentir o último suspiro. Sua respiração ficou cada vez mais leve. Tomei seu pulso quando parecia que não mais respirava. Eu gosto de pensar que houve uma última e pequena batida do coração, mas na verdade não houve final. Apenas um silêncio que continua a crescer agora".
A partir desta experiência Laramee passou a ter certeza de algo que já sabia: tudo o que sabemos, tudo o que fazemos, tudo o que pensamos e que somos, tudo e todos que amamos, tudo isso vai ser exterminado. A experiência de perder alguém muito querido para a morte é realmente algo muito traumático. Gostamos de pensar que quem amamos vai viver para sempre, aliás, na verdade vai, mas viverá apenas na nossa lembrança e mesmo que o tempo feche a ferida da perda, continua doendo. Uma alegria triste que só pode ser explicada pela palavra "saudade", que dias atrás foi motivo de discussão em outro post do blog e que por sinal tem uma tradução muito bacana no espanhol: "saudade" = "algo que brilha por sua ausência" (poético né?)
Laramee termina assim sua dedicatória:
- "Este projeto é dedicado a agradecer as misteriosas forças que possibilitam atravessarmos as provações".
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Comentários
desculpe a minha intrusao mas queria, para alem de lhe agradecer o prazer que tenho em passear me pelos seus sitios, fazer uma corecçao a uma parte do seu comentario. saudade nao e uma palavra espanhola, e de origem portuguesa. muito obrigado
Luiz Felipe. boa explicação... valeu. Eu é que sou preconceituoso com a ideia de manter as coisas apenas em meio virtual.
Não duvido que esse seja um dos possíveis destinos dos livros, no futuro.
Prefiro livros inteiros.
Papel não são tão bons para guardar para "sempre", melhor gravar em pedra.
Eu ia dizer em plastico, mas só os ecochatos que acham que plastico dura mais do que 25 anos, isso sem exposição ao meio ambiente.
O maior problema com dados digital é a preservação digital, não é o fato que a maioria da sociedade não tem acesso a computadores, isso é outro problema, essas pessoas não tem acesso a bibliotecas tambem.
O mundo digital muda de formato toda hora a uma velocidade incrivel, que não dá tempo de migrar toda a informação do meio velho para o novo, o que resulta em arquivos que não podem ser mais entendidos por que não existe mais o software.
Por isso, na informatica, estudar coisa de 20 anos atras já é arqueologia, porque parte já se perdeu.
Esse é o problema da tecnologia digital.
Acrescente ao fato que a lei de propriedade intelectual demora 40 anos para expirar, o que proibe o acesso a algumas informações para a cópia, num mundo onde tudo muda a cada 3 anos, e o problema fica serio.
Uma coisa boa em contrapartida é que a tecnologia nova de 10 anos posterior permite emular a antiga, geralmente é preciso um computador com 20 vezes mais poder computacional para emular outro no nivel logico mais baixo, ou 300 vezes mais para emular no nivel eletrico.
Então com emuladores é possivel rodar software velho e ler os dados antigos. O maior problema é que alguem precisa fazer o emulador, que é muito dificil de fazer e ainda cai denovo nas leis de propriedade intelectual, sendo algo meio pirata fazer isso.
É preciso algum tipo de lei para que a propriedade expire mais rapido e force as empresas a soltar publicamente o layout do circuido do processador, para que seja possivel criar emuladores para preservar a historia computacional.
Hoje só é possivel fazer isso usando microscópios e acidos para destruir o processador e ver dentro dele.
ISSO É INCRÍVEL!
Que foda.
Ele poderia usar listas telefônicas.
É uma arte fascinante, mas para mim, colecionador de antiguidades - inclusive livros, é inevitável a dor no coração de ver alguns livros que ele usa, como a Bíblia da primeira foto, que, pelo que aparenta, é uma Bíblia de Brown, do século XIX, que apesar de não ser muito rara, é cheia de figuras coloridas nos capítulos.
Papel não serve só pra isso, não. Se não fosse muita coisa escrita primeiro em papel, não existiria sequer a informática básica de hoje. E eu acho que no futuro os livros impressos contariam melhor a nossa história atual do que os arquivos digitais, já que a grande maioria da sociedade que compoe os fatos que realmente valem a pena ser relatados não tem acesso nem a computadores, nem a internet.
Achei uma utilidade para aquelas enciclopédias antigonas!
Gostei, odeio papel, papel só serve para isso mesmo.
mítico
Não gostei, mas devo reconhecer que o cara tem um baita talento.
Fantáticas! Paciencia e criatividade
Não gosto disso
Legal.
Esquisito.
Arte para alguns, "vandalismo" para outros. Eu não gostei.