Da mesma forma que existem testes psicométricos de inteligência ou capacidade cognitiva de uma pessoa, examinaram a inteligência grupal com 699 pessoas que foram intercaladas em diferentes grupos para testar a hipótese de que existe uma dinâmica e uma coesão entre os indivíduos que vai para além da inteligência individual. As provas foram variadas desde quebra-cabeças visuais, chuvas de ideias, jogos de papel, negociações, problemas complexos, habilidades linguísticas, etc.
Os resultados do experimento demonstraram que os grupos que tinham uma média de coeficiente intelectual mais alto não foram necessariamente os que obtiveram melhores resultados, foram os grupos com maior sensibilidade social, particularmente os que tinham mulheres, os que obtiveram resultados mais altos de inteligência.
Os pesquisadores acham que isto demonstra a importância de saber perceber as emoções dos demais para modular as relações sociais e a produção cooperativa. Em geral, as mulheres têm melhores resultados em testes de sensibilidade social; por esta razão geralmente os grupos com mulheres conseguiram ter melhores resultados, mas isto só permite a inferência que ter pessoas com habilidades sociais é importante para o trabalho em equipe, independente se são mulheres ou não.
Os pesquisadores acham que este experimento poderia ter várias aplicações para o trabalho corporativo ou de pesquisa em equipe, onde poderiam fazer testes para descobrir o nível de empatia e de inteligência gerada em combinação de certos indivíduos, mudando os membros de um grupo até que se encontre a melhor combinação possível. De alguma forma cada pessoa pode ser vista como um nodo neuronal que se liga com o cérebro grupal.
O estudo só vem corroborar, agora na neurociência, o que já saíamos no cotidiano: a cooperação é o o principal atributo da espécie humana. Senão como explicar que um grupo de passageiros em Tóquio trabalharam coletivamente para mover um trem e resgatar uma mulher que se encontrava presa entre as vias?
Ainda que geralmente vivemos esquecendo que, em boa medida, nossa espécie sobreviveu evolutivamente graças à empatia, um recurso que compensou as notáveis limitações físicas de nossa natureza, graças ao cuidado coletivo, ao sentido de preocupação pelos menos aptos, o ser humano pode sobrepor-se às dificuldades de seu meio.
Com o tempo, no entanto, e como conseqüência do desenvolvimento da civilização, dita qualidade passou a um segundo plano e ficar preocupado com o semelhante perdeu importância. Ainda que por sorte não se perdeu de tudo, e de tanto em tanto nos inteiramos de acontecimentos que nos revelam que apesar do egoísmo e a individualidade fomentados de muitas maneiras, o pulso do bem comum ainda se encontra em nós.
Assim é possível entender um acontecimento ocorrido hoje de manhã no Japão, onde quarenta e poucas pessoas trabalharam coletivamente para mover uma composição de aproximadamente 32 toneladas de peso para resgatar uma mulher de aproximadamente 30 anos que se encontrava presa em um oco entre a plataforma e as vias.
A ação aconteceu na estação JR Minami-Urawa, no norte de Tóquio.
Fonte: Phsyorg.
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Comentários
em comentario a se fazer..
aposto q no meio da multidao existem pessoas q nao são "de bem", mas pelo clamor da multidao, acabam realizando uma boa ação..
eh aí q entra o peso da inteligencia coletiva! =]
Sim PH, é o mesmo que falar que esse "conjunto" de massas encefálicas só funcionam de forma coletiva quando esta ocorrendo esse brainstorming,
se não, serão apenas tolos seguindo o feixe de luz...
Eu sou um pouco individualista, em certos aspectos, e não me orgulho, e justamente estava falando sobre esse aspecto da ação em grupo.
Muitos problemas que temos na sociedade são, muitas vezes, pelo individualismo da maioria, falta de ''mobilização'' em grupo, que é o que pode dar força a uma só ideia.
Uma pessoa tem a melhor compreensão de suas habilidades quando em contato com outra(s) – com as mesmas habilidades, em níveis diferentes.
Quando uma ou mais pessoas têm uma determinada ideia – cada um, isoladamente –, elas (as ideias) podem ser melhoradas, se expostas a outras pessoas, num grupo. A partir deste ponto, uma mesma ideia é trabalhada e aperfeiçoada pelo grupo, como se este, até certo ponto, fosse uma única mente agindo. No final, o grupo, como um todo, terá desenvolvido uma única ideia, melhor que aquela(s) imaginada(s) isoladamente.
Sandman e os gatos...
Lembrei logo da frase "Se 5 bilhões de pessoas acreditam em uma coisa estúpida, essa coisa continua sendo estúpida".