Quando a insanidade torna-se normal na Venezuela (4 fotos)

A maioria das pessoas não sabe que a Venezuela está no meio de uma revolução. Desde que o projetozinho de ditador Nicolás Maduro assumiu, o país virou um pandemônio. Protestos e barricadas por todos os cantos fazem parte do cotidiano. A instabilidade se transformou em caos. Um vídeo, que vem circulando nos últimos dias pelas redes sociais de língua espanhola, nos mostra as longas filas que os venezuelanos são obrigados a suportar todos os dias para conseguir alimentos racionados.

O governo venezuelano implantou um sistema de racionamento com uma pífia justificativa de "combater a escassez". Escassez essa que foi causada pelo próprio estado ao estatizar e regulamentar por baixo todo o sistema de abastecimento do país.

Nesse caso o MP deve ficar de olho por que a Venezuela duplicou a importação de alimentos (adivinhem de onde?) do Brasil e da Argentina. Não é disparatado pensar que esse governo esteja entregando produtos de necessidade básica de graça para o vizinho, de forma que é bem possível que nós brasileiros estejamos patrocinando esta ditadura aí do lado.

Muitas mães devem ficar longas horas diariamente nas filas para conseguir alimentos e produtos básicos, como pão, leite e até papel higiênico. As prateleiras estão vazias. Debaixo de sol, chuva, de pé ou sentados, os venezuelanos aprenderam o verdadeiro sentido de paciência e resignação para poder alimentar suas famílias, só por causa de um maldito projeto de socialismo para a região sul das Américas.

E o palhaço no poder, Maduro, ainda teve a cara de pau de dizer no seu programa de rádio que:

- "Aqui as pessoas fazem fila para tudo. Para ir aos shows, ao cinema, ao banco, mas agora criticam as filas para comprar alimentos. Isso é intriga contra meu governo".

A mídia venezuelana está proibida de criticar o governo, os políticos de oposição são presos ou depostos segundo a conveniência de Diosdado Cabello, um militar cupincha de maduro que é presidente da Assembleia Nacional, uma espécie de José Dirceu. Já os políticos de situação nadam no dinheiro. O país tem o segundo maior número de homicídios no mundo, os bandidos tem altas regalias na prisão, enquanto o povo é obrigado cada vez mais a se trancar dentro de casa com a falência da segurança pública e para não tomar bordoada da Guarda Nacional nas ruas. Isso te lembra alguma coisa?

O mais irônico desta história é que a presidente Dilma Rousseff acha que estes protestos legítimos que acontecem todos os dias na Venezuela são uma tentativa de golpe de estado e que este povo que vai às ruas reclamar contra um tremendo ignorante, que não sabe o que está fazendo na presidência -assim como ela-, quer desestabilizar a ordem democrática e o poder soberano.

O caso é que estamos no mesmo caminho da Venezuela, gastaram tanto dinheiro com esta maldita copa que daqui a pouco vai faltar dinheiro para os planos sociais que compram votos de gente ignorante.

O episódio mais recente destas coisas sem senso, que só acontecem no Brasil, teve lugar em Brasília, na última sexta-feira, quando um assessor parlamentar da deputada Érika Kokay hostilizou o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa.

Ao lado de Rodrigo Grassi Cademartori, que usa o nick de "Rodrigo Pilha" nas redes sociais, estavam outras duas militantes ressentidas com as condenações do mensalão, que não tiveram melhor ideia do que insultar o ministro de "autoritário", "projeto de ditador" e "tucano". O que este limitado, que vive à custa do dinheiro público, se nega a razoar é que Joaquim Barbosa, assim como a maioria dos ministros do STF que condenaram os criminosos do PT, foi colocada lá por Lula e Dilma.

Eu até entendo que uma pessoa sem estudo e com parcos recursos troque seu voto por bolsas-esmolas -para quem não tem nada 10 reais é uma fortuna e realmente faz falta-, o que eu não entendo é que pessoas esclarecidas, muitas vezes com formação acadêmica, continuem apoiando esta corja de ladrões e criminosos. Em que lugar do mundo pessoas, ainda que com ordinário senso crítico, apoiariam um partido cujos líderes estão na cadeia?

Por último vou pedir licença para compartilhar este vídeo, infelizmente em inglês, poderoso realizado por um cidadão venezuelano no qual ele conta como se tornou complacente com o status quo como um mecanismo de defesa, enquanto ele e seus compatriotas tentam colocar suas vidas de volta no eixo.

Enquanto isso os líderes da região, Dilma e Cristina Kirchner no meio, mantêm um silêncio cumplicemente vergonhoso contra a violência e a catástrofe econômica iminente proporcionadas pelas políticas autoritárias do presidente Maduro.

Crédito das fotos: Carlos Garcia Rawlins.