Quatro mulheres receberam com sucesso implantes de vaginas cultivadas em laboratório. As vaginas foram desenvolvidas a partir das células das próprias mulheres e uma estrutura biodegradável que fez com que fossem tomando o tamanho e a forma adequada para cada uma delas. As mulheres, adolescentes no momento da operação, agora têm órgãos sexuais completamente funcionais. |
As pacientes, que devido a um transtorno nasceram com um órgão não totalmente formado, mostraram após a operação níveis normais de desejo, excitação, lubrificação e orgasmos, segundo assinalou o Dr Anthony Atala da Escola de Medicina de Wake Forest, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
As pacientes padecem de uma condição chamada Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser que afeta 1 de cada 5.000 mulheres. Tinham vulva, a parte externa do órgão que inclui os lábios e o clitóris, mas não podiam fazer sexo ou menstruar (o sangue menstrual se acumulava em seus abdomens).
Os resultados da operação não só permitem a estas mulheres resolver todos estes problemas fisiológicos como também as libertam de uma profunda carga emocional.
A técnica desenvolvida por Atala e seus colegas foi primeiro testada com coelhos em 90 e o maior desafio foi ajustar o nível de maturidade das células para o momento em que é implantada no corpo.
De maneira anedótica, no recente filme de Noé -criticado até o osso- de Darren Aronofsky, a personagem de Emma Watson não pode ter filhos devido a uma ferida na vagina, ainda que em ela recai a possibilidade de continuar a progênie humana. Matusalém, em uma representação xamãnica do personagem bíblico, com um passe mágico restabelece o equilíbrio de seu órgão sexual. Hoje a ciência conseguiu fazer o que antes somente era imaginado magicamente.
Obviamente, a biotecnologia produzirá uma nova natureza, radicalmente diferente e dificilmente imaginável hoje em dia. Mesmo assim, será a vida sempre vida? De fato, e para além dos maravilhosos benefícios médicos, que lugar ocupará o conjunto dos seres humanos e suas tradições nesta nova natureza biotecnológica? Qual o lugar das sociedades primitivas que não se integram plenamente nestes novos produtos biológicos? A biotecnologia produzirá inevitavelmente uma nova espécie, e a humanidade divergirá de novo como os ramos de uma árvore? É crível cultivar vaginas em laboratório quando há fome em um planeta cheio de proteínas, enquanto uma erva daninha cresce no campo sem problemas? Esta e outras perguntas você vai ver hoje a partir das... oops!
Sem piadas (muito) fáceis, por favor!
Fonte: NewSci.
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Comentários
Só faltaram umas fotos pra gente poder ver o resultado final. hehehehe
Assunto decididamente masculino, não é mesmo??? :lol: :lol:
Vão usar para outros fins. Mas é isso, tecnologia é neutra. Não vou julgar ninguem, mas depois disso algumas "regras" vão precisar de revisão pela sociedade.
Muito interessante e é uma tecnologia bem vinda.
E sabemos que a causa da fome não é falta de comida.
E eu já pensando em cultivar, em casa....
:-/
É.. esquisito. :?
Que bom para elas.
Quanto às indagações, no futuro, os corpos serão todos artificiais (de certa forma, já estamos testemunhando isso), será possível definir o maior número possível de características antes do nascimento (e mudá-las, depois, caso o "proprietário" não fique satisfeito). Exagero? Talvez. Impossível? Acho que não.
Muito interessante e muito bem vindo!
Espero que também possa ajudar as garotas e mulheres que tiveram seus órgãos mutilados para não sentir prazer por causa de uma religião.
E a questão da fome, fica parecendo que comida não dá dinheiro e sexo sim; então deixa a fome para depois; e vai deixando, vai deixando, vai deixando...