China é o país com a maior censura on-line, Brasil está no limite

A censura na internet segue sendo real. Numerosos governos atuam com férreo controle sobre seu acesso. A IVPN, uma empresa que oferece serviços de redes virtuais privadas, realizou um mapa interativo onde mostra a intensidade da censura na internet de alguns países. O gráfico baseia-se no relatório "Freedom on the Net" da Freedom House, publicado ano passado, no qual expunham dados sobre o impacto e o alcance da censura on-line.

Em dito relatório, a censura era medida de acordo a três grandes fatores: os limites aplicados sobre o conteúdo on-line, os obstáculos para acessar a Rede e as violações de direitos de usuários. Segundo essas medidas catalogavam os países sob três rótulos: livre, parcialmente livre e sem liberdade.

A liberdade on-line é um tema sempre em voga e um dos assuntos políticos mais importantes de nossos dias. Desde sua concepção, a Internet revolucionou as comunicações, promovendo sempre a liberdade de discurso em todo o Globo. No entanto, alguns governos veem a internet como um perigo e algo incendiário. Buscam regular a Rede, evitando que os cidadãos se comuniquem e colaborem entre si.

No gráfico interativo mostram as três categorias por cores. Os países "livres" de censura estão identificados com a cor branca, os parcialmente livre com uma cor "rosa" os censurados com vermelho. Entre os países com maior censura destacam-se China, que ainda que possua 42% de penetração da Internet, experimentam muitas violações de direitos de usuários e obstáculos para a conexão.

Nesta mesma semana, um estudo realizado pela Universidade de Harvard apontava que a censura e vigilância chinesa sobre os internautas se focava em grupos e colaborações, em vez de um objetivo único. A pesquisa, publicada na revista Science, aponta que a censura se aplica às "ações coletivas" em vez de centrar-se em publicações com palavras consideradas polêmicas.

China não é o único país com forte censura. Cuba, Irã, Paquistão, Vietnã, Síria, Arábia Saudita, Etiópia e Sudão são outras das nações consideradas como as mais censuradas. Na categoria média, onde se evidencia censura, mas sem chegar ao limite se encontram Brasil, Rússia, Equador, México, Indonésia, Líbia, Marrocos, Turquia e mais.

Austrália, Argentina, Estados Unidos, Estônia, Ucrânia, África do Sul e Quênia estão qualificados como países livre de censura on-line, segundo este índice. Muitas nações não participaram no estudo, entre eles, Coreia do Norte -cor cinza-, que ao certo superaria a censura chinesa.

Os dados informados pela IVPN sobre o Brasil estão um pouco equivocados. De forma que possivelmente sejamos o único país que tem um órgão responsável por defender os direitos do consumidor, Anatel, que vive dando respaldo aos desmandos das operadoras, os direitos do usuário são violados recursivamente, seja diminuindo a velocidade de conexão seja limitando conteúdos, e ninguém faz absolutamente nada.

Ademais, pese que o relatório indique que blogueiros e internautas já foram presos ou fisicamente atacados por sua opinião em redes sociais, diz que não há manipulação governamental na rede, quando todos sabemos que uma choldra do partido do mensalão, conhecidos por MAV, recebem dinheiro público para manipular discussões on-line pró-governo e para fazer ataques técnicos contra sites e blog críticos do governo. No popular: se você tem um site, caráter duvidoso e quer ganhar dinheiro, basta falar bem da Presidente; do contrário, se emitir sua opinião oposta a ditadura esquerdista que está sendo instalada aos poucos no nosso país, sofrerá o acosso e ameaças de bandidos no seu e-mail ou de ataques de negação de serviço nos seus servidores.

O relatório contrasta com outro realizado em 2011 pela OpenNet Iniciative. Para essa data, mostravam que a América Latina e África eram as regiões livres de censura. O que mostra como vai mudando a concepção de Governos sobre o uso e poder de internet.