A conquista é maiúsculo, pois diferente de outras missões, aqui a meta era posar uma máquina de exploração sobre os verdadeiros peregrinos do cosmos, os meteoritos que apenas de tanto em tanto voltam às imediações de nosso planeta. No caso do 67P/Churyumov–Gerasimenko, trata-se de um cometa que orbita em torno do Sol com uma periodicidade de 6,45 anos a uma velocidade de 51 mil km/hr (ou 14,2 km/s), com um volume aproximado de 25 km³ e tamanhos também aproximados de 2,5 x 2,5 x 2 km, no seu lóbulo menor, e 4,1 x 3,2 x 1,3 km, no maior.
Touchdown! My new address: 67P! #CometLanding
— Philae Lander (@Philae2014) 12 novembro 2014
Daí, em boa parte, a perplexidade. No entanto, não é o única coisa a comemorar. Como bem lista Carmen Fishwick no The Guardian, as possibilidades de conhecimento que representa esta "aterrissagem" são muitas, começando pelo fato de que os cometas são em essência resíduos da formação do Sistema Solar, motivo pelo qual seu estudo pode ser de grande vulto para a descoberta tanto da origem dos corpos celestes quanto o da própria vida na Terra. Neste sentido, o 67P tem uma idade aproximada de 4,5 bilhões de anos, isto é, é contemporâneo das primeiras etapas do Sistema Solar.
Por outro lado, recordemos que em anos recentes tem cobrado relevância a teoria da Panspermia, segundo a qual a vida começou em nosso planeta graças aos meteoritos que impactaram, trazendo consigo os elementos mínimos para o surgimento desta; ademais, claro, de que o mecanismo pôde funcionar em sentido inverso, e talvez há vida em outros planetas graças à que se originou aqui. As análises do Philae poderiam fornecer informação a respeito desta hipótese.
Em suma, este é um ponto notável na história da pesquisa do cosmos. E para além dos muitos contraste que isto oferece a respeito de nossa situação na Terra, também pode ser tomado como um motivo de admiração para as conquistas que a humanidade pode atingir quando trabalha coletivamente e com um propósito de benefício compartilhado.
Abaixo você encontrará uma galeria de algumas das imagens mais incríveis já tomadas tanto pela Rosetta quanto por Philae; incluindo a primeira imagem já feita a partir da superfície de um cometa (foto 1). Para mais informações e atualizações confira o site oficial Rosetta, em rosetta.esa.int. Você também pode ver uma galeria de imagens atualizadas regularmente no Flickr. Para atualizações em tempo real dos últimos acontecimentos, confira este blog ao vivo no Guardian.
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Comentários
O GIF com certeza é aterrisagem, pois um cometa é milhares de vezes mais leve que a terra e parece que esta pousando na terra. Assim como a gravidade é menor na lua, seria muitas vezes menor no cometa. ou os filmes de ficção estao errads em pular ao inves de andar.
Vi que teria que correr mais de sei lá o que milhões de kilometros para pousar.
Pegar carona nesse núcleo de cometa, ver a Via Láctea, estrada tão bonita.............(difícil resistir ao comentário)
Fantástico!
Mas com imagens tão nítidas fica difícil encontrar pirâmides.
Trilha sonora muda; Armagedon.
Foi a primeira coisa que me ocorreu.