Para fazer com que o cambalacho via internet parecesse genuíno, Benjamin posou como o Pastor John Carlson, um personagem fictício, com um perfil impecável no LinkedIn. Ele criou outros perfis falsos para os pastores que se dispunham a fornecer consultas particulares e realizar cerimônias religiosas através do ChristianPrayerCenter.com e sua versão em espanhol, OracionCristiana.org.
Ambos os sites continham falsos testemunhos de pessoas que, com a ajuda de suas orações, conseguiram evitar execuções de hipotecas, ganhar na loteria, ter bebês saudáveis, e até mesmo tinha gente que jurava que tinha sido curada da Aids.
O esquema funcionou perfeitamente durante quatro anos muito rentáveis, e no auge de sua popularidade, o serviço de pague-para-rezar de Benjamin teve gritantes 1.289.120 curtidas no Facebook. As pessoas colocavam toda a fé nas suas orações on-line e enviavam dinheiro na esperança de que iriam alcançar suas graças e pequenos milagres.
Mas Benjamin finalmente foi preso no final do ano passado, e depois de uma investigação de um ano, foi convidado a fechar o site. O procurador geral do estado de Washington, Bob Ferguson, também ordenou que ressarcisse 7,8 milhões de dólares que ele tirou de crentes incautos.
- "Eu acredito no poder da oração", disse Ferguson mais tarde, em um comunicado. - "O que eu não acredito e que não tolero de forma nenhum são empresas ilegais que enganam pessoas, tirando partido da sua fé ou sua necessidade de ajuda, a fim de ganhar um dinheirinho fácil".
Os investigadores descobriram que Benjamin também obrigava suas vítimas a fazer pagamentos mensais recorrentes através de seus sites, que eram deliberadamente confusos.
- "A investigação descobriu que quando os consumidores eram encaminhados para a página de cobrança, por um pedido de oração, havia opções duplicadas de receber bênçãos continuadas, que passavam a ser cobradas automaticamente na conta do fiel", acrescentou Ferguson. - "Entre 2011 e 2015, estes sites recolheram quase 8 milhões de dólares de 125.000 consumidores em todo o mundo. Alguns destes consumidores foram cobrados repetidamente, resultando em um total de mais de 400.000 operações de cobrança."
O site está fechado agora e exibe a mensagem "O Centro de Oração Cristã está encerrado. Agradecemos a todas as orações, e prezamos pela oportunidade de ter criado um site onde os cristãos podiam se reunir para apoiar uns aos outros". Ele também inclui um link para o processo de reclamações dos consumidores. As pessoas que desejam receber um reembolso precisam apresentar uma queixa no escritório da procuradoria geral do estado de Washington até 12 de junho de 2016.
Descrevendo Benjamin como "o mais baixo dos seres", Ferguson disse:
- "Basicamente tudo foi uma farsa e ele estava pedindo dinheiro em troco de orações às pessoas sob circunstâncias enganosas. Nada sobre isso era real ou legal".
Aliás, sobre quais circunstâncias não é enganoso pedir dinheiro aos fiéis em troca de oração, de toalhinhas bentas, de travesseiros bentos e de toda sorte de souvenires sagrados que prometem fazer milagres?
Fonte: RawStory.
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Comentários
PETISTA DE SÃO BERNARDO....SEM DÚVIDA.
A Universal já teve que ressarcir fiéis várias vezes. O que esse rapaz fez é pouquíssimo diferente do que as Igrejas no Brasil fazem.
Assim como a política, toda igreja deveria ser voluntária. De graça receberam, de graça devem dar. Jesus disse isso!
Concordo com a Semiramis e com o msp1500.
O mundo está cheio desses espertalhões. São um bando de pilantras, uns crápulas que vivem enriquecendo às custas da ignorância e da fé alheia.
Infelizmente isso não acontece só com religião.
Tem acontecido casos de vigaristas que se aproveitam de pessoas em todas as áreas da sociedade. (política, comercial, industrial, e até de relacionamentos)
O que seria dos espertos se não existissem os idiotas???
Pena que não sou safada, pilantra, sem vergonha, cara de pau. Estaria rica, só de abrir uma igreja. Como esse troço dá dinheiro, gente!!!! Mas, eu sei respeitar a mim mesma.