Em países de terceiro mundo ou de ordem social mais permissiva é comum lermos manchetes de que fulano ou sicrana, geralmente funcionários de um serviço suplementar, devolveu determinada quantia que ele achou em algum lugar, como se isso fosse um grande mérito. Ok, com efeito, achado não é roubado, mas não devolver o que foi encontrado também é um crime chamado de "apropriação de coisa achada". Ademais, por lei, quem devolve a coisa achada tem direito a uma recompensa de 5%. |
Via: Telstar Logistics
Mas há um país, especificamente uma cidade, em que ninguém está preocupado com recompensa e que dificilemnte vai aparecer uma manchete de que alguém devolveu algum valor ou objeto encontrado. Verdadeiramente, por lá é todo o contrário. Têm uma ética tão reforçada que assim que encontram dinheiro perdido, vão devolver imediatamente.
Genial, não é? Mas infelizmente muitos brasileiros chamariam este povo de tonto. Agora... Sabe qual é esta famosa cidade? Tóquio, Lógico!
No ano passado, o Departamento de Polícia Metropolitana informou que recebeu em suas delegacias 32 milhões de dólares em numerário encontrados nas ruas por diferentes pessoas e que seu escritório de objetos achados e perdidos conseguiu devolver a seus proprietários cerca de 75% do dinheiro.
É um fenômeno que reflete tanto a honestidade do povo japonês quanto pelo respeito a propriedade alheia.
De fato, os japoneses não têm maiores inconveniências de andar pelas ruas com grandes quantidades de dinheiro em numerário nos bolsos. Segundo um relatório de seu Banco Central, em 2015 tinham 13 bilhões de ienes circulando no Japão, algo em torno de 19% do produto anual do país. Este é o nível mais alto entre 18 nações desenvolvidas analisadas pelo banco japonês.
Ter dinheiro em espécie tem um baixo risco no Japão devido a sua mínima inflação e baixo nível de criminalidade. É normal ver pessoas reservando uma mesa em um bar deixando seu celular último modelo sobre ela enquanto vai ao banheiro.
Como conseguem isto? Através de uma formação ética intensa na educação. As escolas japonesas oferecem aulas de ética e moralidade e os estudantes aprendem a imaginar os sentimentos daqueles que perderam seus próprios bens ou dinheiro. Por isso não é raro ver crianças levando uma moeda de 10 ienes (30 centavos) a uma delegacia, quando acham na rua.
Mas também há regras e recompensas por isto. A lei de Bens do Japão estabelece que qualquer pessoa que encontre dinheiro deve dar à polícia. Com isso, tem o direito de receber uma recompensa de 5 a 20%. E se ninguém reclamar em 3 meses, a pessoa que achou tem direito ao total.
Fonte: Business Live.
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Comentários
é só olhar essa questão da carne fraca... é o exemplo perfeito em q o esperto vira o trouxa e leva todo mundo junto...
aqui quem devolve é visto com desconfiança e elogiado pela frente mas chamado de burro pelas costas. Em um país onde honestidade é sinônimo de burrice, o q se pode esperar?
KKKKKKKK Educação e honestidade não se aprende só na escola, a maior parte é absorvida como traço cultural, e aí nossa republiqueta se perde. Sinceramente, não tenho esperanças de que nosso país chegue ao menos a uma fração infinitesimal do grau de desenvolvimento dessas civilizações. O esforço teria que ser conjunto, social, político, cultural. Não vejo uma alavanca poderosa o suficiente para inverter o sentido em que esse Brasil caminha. Não temos noção de coletivismo, nossa cultura é inacreditavelmente egoísta. Enfim, caminhamos a passos largos para o quarto, quinto ou sexto mundos. Triste fim para um país abençoado em termos de riquezas e belezas naturais.
Alguém lembra das antigas aulas de EMC? (Educação Moral e Cívica).
Elas fazem falta, não?
Tonto