Eu diria que as chances de que você tenha ouvido falar este nome, John Bannister Goodenough, tendem a quase zero. Mas você conhece seu trabalho. Na verdade, você certamente possui uma de suas invenções. Em 1980, o físico John Goodenough, então com 57 anos, inventou o sistema nervoso da bateria de íons de lítio. Sua criação foi o cátodo de óxido de cobalto, o componente mais importante de cada bateria. Ao contrário do transistor, a bateria de lítio-íon não ganhou um Prêmio Nobel, mas muitas pessoas pensam que deveria. |
Esta bateria possibilitou a expansão e o alcance do transistor (este rendeu um Nobel). Sem ela, não teríamos smartphones, tablets ou laptops, incluindo o dispositivo que você está lendo neste momento. Não haveria Apple. Nem Samsung. Nem Tesla.
John Goodenough hoje, aos 94, poderia ficar em casa curtindo a sua aposentadoria, mas ele ainda vai para o seu pequeno escritório todos os dias na Universidade do Texas, em Austin. Foi assim que John e um grupo de pesquisadores da referida universidade criaram agora uma bateria com base em cristal que supera em funcionamento qualquer outra criada anteriormente.
O novo invento é capaz de armazenar três vezes mais energia do que qualquer bateria de íons de lítio. De acordo com o Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), a nova bateria reduz o risco de explosão e fogo e pode ser recarregada totalmente em poucos minutos.
A importância deste invento reside na relação em frente à energia tradicional, a qual se baseia no consumo de carbono, petróleo e gás natural. Contar com uma tecnologia renovável capaz tanto de armazenar energia em quantidades efetivas como o de reduzir o impacto no meio ambiente, implica um desenvolvimento significativo a favor da ciência e tecnologia. Em especial consideram que, primeiro, as energias renováveis disponíveis dependem inicialmente da disponibilidade da natureza.
John Goodenough explica que a criação desta bateria poderia colapsar a indústria energética. Isto é, que se as baterias se tornarem mais acessíveis, efetivas, seguras e rápidas de recarregar, as indústrias do carvão, petróleo e gás natural podem entrar em crise. Tanto que inclusive o IEEE chegou a questionar se esta nova bateria de cristal poderia acelerar o fim do petróleo.
Há quem assegure que o nonagenário é o novo Nikola Tesla, conseguindo que suas pesquisas mudem o rumo da tecnologia e o consumismo das sociedades majoritariamente ocidentais.
Fonte: NewsWeek.
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