Desde 1975, o quociente intelectual (QI) médio dos humanos diminuiu. Segundo novos dados, o motivo disso é que atualmente vivemos mais tempo e que certos tipos de inteligência diminuem com a idade. Durante aproximadamente um século, as pontuações médias de QI nos países ricos cresceram de maneira estável e previsível, ao redor de três pontos por década. Acreditam que isto foi devido a melhoria das condições sociais, como a saúde, a nutrição e a educação. |
Esta tendência de crescimento estável, chamada efeito Flynn, foi vista pela primeira vez na década de 1940 em muitos países, desde os Países Baixos até o Japão. Mas no ano 2004 os pesquisadores notaram que a tendência tinha revertido e agora as pontuações médias de QI estão diminuindo.
Inicialmente propuseram a hipótese de que a causa deste efeito fosse a baixa taxa de natalidade nos países ocidentais, entre as camadas melhor educadas da população, o que teria feito diminuir o nível de inteligência geração após geração.
A medida do quociente intelectual em diferentes épocas complica-se pelo fato de que os testes para estabelecer o QI mudaram com o tempo. Para entender esta tendência Robin Morris, do Colégio Real de Londres (Reino Unido), e seus colegas classificaram em dois grupos os mais de 1.750 tipos de testes utilizados desde 1972. Um dos grupos corresponde aos teste que medem a memória em curto prazo, e o outro aos que avaliam a memória de trabalho de uma pessoa.
A memória de trabalho é a capacidade de armazenar informação para seu processamento, análise e tomada de decisões. Diferente da memória em curto prazo, este é um espaço em que a informação pode ser manipulada, e não só guardada e repetida.
Quando os pesquisadores estudaram os resultados desses testes ao longo da história, a equipe identificou um padrão muito claro. Enquanto a pontuação da memória em curto prazo aumentou segundo o efeito Flynn, a capacidade da memória de trabalho diminuiu.
A equipe de Morris acha que esta tendência pode ser explicada pelo aumento da proporção de pessoas maiores de 60 anos que se submeteram aos testes, já que a memória de trabalho diminui com a idade, enquanto a memória em curto prazo geralmente é conservada. Portanto, as melhorias das condições sociais nos países desenvolvidos, ao mesmo tempo que aumentaram a expectativa de vida, fizeram diminuir o quociente intelectual médio.
Estamos operando com mais memória RAM e menos disco rígido, diriam os informáticos. O fato é que estes estudos sempre podem carregar algumas distorções porque a inteligência pode ser muito relativa e as provas psicométricas também o são pois tratam de medir seres com mentes subjetivas utilizando provas objetivas.
No entanto ninguém pode negar o fato de que o mundo só se desenvolveu no último século devido a inteligência lógica, esta das ciências duras, e que a inteligência emocional, tão estimada nas últimas duas décadas, só trouxe para o mundo um bando de problematizadores chatos que reclamam o "poder" de que seu QI emocional é mais importante para a criação de um mundo utópico onde todas as pessoas se dão a mão cantando "Imagine".
Por outro lado somos mais tontos agora porque a sociedade da inteligência lógica fez com que a curiosidade se convertesse em comodidade. Estamos de fato "involuindo" agora, tanto que nossos últimos esforços intelectuais como espécie é criar inteligência artificial para não depender da nossa.
Ok, não há nenhum problema nisso, o cérebro não busca ser mais inteligente, busca fazer tudo de forma mais eficiente desde o ponto de vista energético. O que nosso cérebro ainda não assimilou, e isso sim é um grande problema, é que não devemos nos preocupar que tenhamos de tudo apenas produzindo tecnologia de utilidade questionável.
Isto tem um limite, pois quando acabar a revolução da informação seremos pessoas totalmente dependentes de coisas exteriores a nós, isto é, seremos mais inclinados a tomar decisões pouco acertadas, nos baseando em informações que não têm nenhum valor intrínseco real, estabelecendo uma verdadeira idiocracia onde tudo será resolvido pelas máquinas.
Fonte: NewSci.
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