Atenção: pese que o artigo seja de conteúdo adulto, ele é totalmente SFW e puramente informativo. Ainda que batemos na madeira (toc toc toc) para que ninguém precise lançar mão desta informações um dia, a necessidade deste tipo de esclarecimento chega porque, creio que não me equivoco muito, as conversas entre homens a respeito da fratura de pênis são escassas. Seguramente por duas razões. Primeiro, porque não é frequente que ocorra. Segundo, porque ter a fratura, é a última coisa na vida que um homem quererá recordar. |
Os estudos contam que ao redor de um de cada 100 mil homens passaram alguma vez por esta horrível experiência, em realidade um tipo de traumatismo. O problema maior é que em alguns casos é agravado pelo silêncio do sujeito que tem vergonha de contar o que acaba de acontecer, situação que acaba levando o traumatismo a uma condição crônica e muitas vezes sem cura. No entanto, há algo que não se enquadra direito: como demônios existe a fratura de pênis se não existe osso?
Sem ereção não há fratura
Comecemos pelo princípio. As ereções no homem são endurecimentos no membro que acontecem como consequência de uma série de interações psicológicas, neuronais, vasculares e endócrinas. Dito de uma forma simples, uma ereção aparece quando o cérebro estimula (de formas muito variadas) e solicita o enrijecimento do membro através de uma espécie de mensageiros químicos emitidos através do sistema nervoso central.
O mecanismo é possível graças às duas câmaras do pênis humano, os chamados corpos cavernosos que ocupam o longo do órgão. Ademais, um tecido esponjoso que contém músculos lisos preenche ditas câmaras. Por sua vez, os corpos cavernosos estão rodeados por um membrana grossa, denominada túnica albugínea. Esta ajuda a prender o sangue nos corpos cavernosos de maneira a sustentar a ereção.
Quando os músculos do pênis se contraem para deter o fluxo primeiramente do sangue e abrir o fluxo de saída dos canais, a ereção é revertida. Assim é como funciona a "mecânica" de uma ereção.
Ainda que varie (e muito), uma ereção média pode durar entre 30-45 minutos, em qualquer caso, até que o órgão ou cérebro já não esteja estimulado ou, talvez, ejacule. Nesse momento, o excesso de sangue é drenado e o fluxo sanguíneo dentro e fora do pênis volta à normalidade.
Depois da ereção, chega a fratura
Ninguém tem que temer uma ereção, mas a verdade é que neste momento pode surgir uma fratura. E sim, não existe osso e não deveria ser referida como fratura, mas a dor e as consequências são praticamente iguais.
Este traumatismo ocorre com a ruptura da túnica albugínea que falávamos, essa camada grossa que envolve a estrutura do pênis. Como saber se ocorreu? A pessoa sabe no mesmo instante, justo no momento posterior ao estalido que recorda o rompimento de um osso, seguida de uma dor infernal indescritível.
Tal rompimento, ou fratura do pênis, ocorre quando o órgão é submetido com força a algo, também quando é agitado muito energicamente. Imaginemos esta situação desagradável para entender a dor: vamos correndo em linha reta totalmente nus com uma grande ereção, não paramos e inclusive aumentamos a velocidade até chegar a um muro de tijolo com o qual impactamos. Essa é a dor (ui!).
Os motivos que podem levar a uma fratura
Interior de um pênis.
E quanto as formas "ordinárias" para que aconteçam, os médicos dizem que entre 30% e 50% ocorrem durante as relações sexuais. Pode ocorrer tanto durante o coito como por culpa de uma sessão de onanismo muito agressiva.
A posição mais comum para sofrer a lesão ocorre quando a mulher está em cima, já que o homem renuncia ao controle dos movimentos e, ao fazê-lo, o pênis fica susceptível de "escapar" e receber um impacto não desejado (ou como queiram imaginar).
Há que se ter em conta que a fratura de pênis não acontece unicamente com o sexo. Um estudo realizado faz alguns anos demonstrava que ao menos 1.600 casos revelavam "causas estranhas" para a fratura, situações onde não podia ser aplicado a prática do sexo como eram "rodar cadeiras no chão com o pênis"(?), "usar o controle remoto para mudar de canal com o pênis" ou inclusive mordeduras de burro sobre o pênis.
O que fazer depois de uma fratura
Radiografia de um pênis quebrado.
Como dizíamos, o trauma acarreta uma ruptura da túnica albugínea, a membrana fibrosa que envolve os corpos cavernosos. É simplesmente horrível, nem queiram ver as fotos. Depois do estalido, os primeiros sintomas são o inchaço e a descoloração púrpura do membro de forma quase instantaneamente enquanto o sangue flui dos corpos cavernosos para a carne circundante. Então ele apodrece e cai. Brincadeirinha!
Suponho que ninguém estaria interessado, mas só para esclarecer, a ereção morre fulminada depois da fratura, a dor experimentada é simplesmente atroz. Por esta razão as fraturas são lesões muito graves e requerem de um diagnóstico e tratamentos imediatos.
Como é realizado o tratamento do traumatismo
Em caso de ter um acidente destas características, o melhor que podemos fazer é uma visita ao hospital e na maioria dos casos há que fazer uma cirurgia urgente, se não de emergência, durante a qual se alivia o pênis do hematoma (o sangue que se espalha para fora dos vasos sanguíneos e que causam essa cor e dor) e a túnica albugínea que foi desviada.
Após a cirurgia são aplicadas bolsas de gelo, proibidas as relações por aproximadamente seis semanas, e o paciente deve ficar em repouso absoluto na cama. Ademais, são administrados antiandrógenos para deter qualquer ereção não desejada e completamente desagradáveis para o paciente. Por verdade, boas notícias: 92% dos homens recuperam-se do traumatismo.
Em qualquer caso e após saber o que há por trás de uma fratura horrível de pênis, o melhor que podemos dizer ao sexo masculino é que não se preocupem, você tem que ser muito azarado para fazer parte na pequena estatística de homens cujo membro um dia fez CRACK!!!
Fonte: BBC.
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