A Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece que "Todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão; este direito inclui o de não ser incomodado por causa de suas opiniões, o de pesquisar e receber informações e opiniões, e o de expô-las, sem limitação de fronteiras, por qualquer meio de expressão". No entanto, este direito está sendo voluntariamente abandonado pelos milênicos devido a correção política e a lógica torta do relativismo cultural, onde é errado dizer que existe o certo e o errado, ou seja, o indivíduo é proibido de tirar sua própria conclusão. |
A opinião e sua liberdade, está assentada na capacidade elementar do ser humano de saber estremar e compreender as diferenças e contradições entre uma coisa e outra. Isso é francamente necessário para aquelas questões espinhosas onde é difícil identificar a fronteira que separa o certo do errado, o bem do mal, o absurdo do aceitável, a ciência da pseudociência. Mas, ao que parece, esta capacidade está sendo paulatinamente borrada em favor de ideologias estúpidas.
Não há dúvidas que o emprego de uma correção política moderada tenha, sobretudo à primeira vista, um efeito louvável: a proteção dos débeis, a eliminação dos marginalizados, a defesa das vítimas, a adesão à ética, o respeito às minorias e da diversidade cultural, religiosa, ideológica e de preferências sexuais.
No entanto, nem sempre -quase nunca- a aparência é verdadeira, especialmente na correção imódica. Atrás de todas estas atitudes "louváveis" oculta-se uma crescente manipulação do comportamento e da linguagem: palavras proibidas, frases obrigatórias, mantras impostos, barbarismos, neologismos e eufemismos que implicam uma verdadeira e antidemocrática imposição ideológica através de exageradas -ou falsas- vitimizações, muitas vezes de grupos ativos de pressão ou minorias militantes.
Depois de ver estes vídeos a gente tem a impressão que os entrevistados tentam apenas parecer "gente do bem" politicamente correta. Seria cruel demais pensar que todos eles acreditam de verdade em toda a incoerência que disseram. A rebeldia é própria da idade e a ânsia de ser aceito por uma maioria barulhenta de imbecis, também. Eles apenas não se dão conta que estão deixando de exercer seu direito de razoar em detrimento da sua própria liberdade de expressão e de pensamento.
É verdade que o entrevistador afunila propositalmente a opinião dos entrevistados, mas o que alguém poderia chamar de falácia narrativa “equivocada” do vídeo, na verdade é a exposição a ela de forma “proposital”, o que termina revelando toda uma classe de hipocrisia.
Se um cara branco, supostamente hetero, de 1m75, vinte e poucos anos, diz que tem dois metros ou sete anos de idade, a reação mais esperada seria rir achando que ele é um louco (na pior das hipóteses) ou um brincalhão (na melhor). Mas seguindo esta corrente “do bem”, temos que considerar que ele fez uma cirurgia ou que padece de alguma condição de envelhecimento precoce, em vez de sermos céticos, práticos e questionar a total impossibilidade dessas afirmações. Tudo isso só para sermos politicamente corretos (e estritamente estúpidos).
Quanto a ideologia de gênero (não igualdade de gênero), nem cabe aqui discutir alguma coisa. Besteiras não devem ser discutidas com a premissa de não dar a algum tipo torpe a chance de expor ainda mais besteiras, sem nenhum embasamento científico. Creio que para entender esta ideologia não é necessário outra coisa a mais que o senso comum, mas, como dizem, o senso comum hoje em dia é o menos comum dos sentidos.
Por fim, se esse total despropósito se prolongar mais tempo o resultado será uma geração de lorpas com PhD, sem a capacidade (ou coragem) de apontar a diferença entre um limão e uma laranja, só porque o coitado do limão se sente preterido e menoscabado por sua maior acidez em vez de tirar proveito dela. É apenas uma metáfora.
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Comentários
"A rebeldia é própria da idade e a ânsia de ser aceito por uma maioria barulhenta de imbecis, também."
Dá para colocar num quadro