Boliviano é flagrado, vestido de mulher, fazendo o vestibular para outra candidata

Bryan G., de 19 anos, já é aluno de Engenharia de Sistemas na Universidade Mayor de San Miguel, em Cochabamba, Bolívia, mas no dia 6 de fevereiro, ele tentou mais uma vez fazer o vestibular na faculdade, desta vez em nome de uma candidata. Para enganar a equipe de professores, ele colocou uma peruca, caprichou na maquiagem e vestiu roupas femininas. Foi descoberto.

Infelizmente, ele acabou se sentando bem na frente da sala de exame, onde todos os professores e assistentes podiam vê-lo, e como ele parecia mais nervoso do que os demais, rapidamente atraiu sua atenção. Assim que Bryan estava prestes a receber a sua prova, um assistente aproximou-se, perguntou quem ele era e, quando ele respondeu "Jocelin C.", o homem prontamente desconfiou.

Questionado pela polícia sobre os motivos que o teriam levado a tentar enganar a universidade, o jovem disse que foi contatada por um parente da candidata no OLX e ofereceu dinheiro para que ele fizesse o vestibular em seu nome, porque ela estava fora. Depois que ele aceitou, o contato lhe enviou o cartão de inscrição da universidade e até reservou uma sessão de maquiagem para tornar seu disfarce mais convincente.

- "Eu não queria fazer nada de mal, simplesmente estou desempregado e é por isso que aceitei", disse Bryan. - "Eu nunca fiz isso antes, adoro estudar e quero ir para o Japão para me especializar. Eu não quero nenhum problema!"

No entanto, de acordo com a mídia local, ele mais tarde mudou sua versão, dizendo que fez isso por amor, para ajudar sua namorada. Então, é seguro dizer que agora seus motivos não estão claros.

Felizmente para o impostor de 19 anos, a polícia não pode tomar qualquer medida contra ele, porque se passar por um outro candidato no vestibular não é crime. As coisas teriam sido diferentes se ele tivesse assinado a prova, aí sim pois teria sido enquadrado em um caso de falsificação.

Juan Rios, reitor da universidade, disse que não existe uma regra específica para punir os estudantes que tentem se passar por candidatos, acrescentando que caberá ao conselho propor uma punição adequada para Bryan. Quanto a Jocelin, ela ainda não está matriculada na universidade, portanto não está claro se alguma medida pode ser tomada contra ela.

Em uma entrevista em vídeo, entretanto, o reitor Juan disse mais tarde que tanto Bryan quanto Jocelin serão banidos do sistema universitário público boliviano, tornando impossível a inscrição em qualquer universidade pública do país.