Em um estudo publicado pela revista Plos ONE, os cientistas estimaram que existem aproximadamente 8,7 milhões de espécies na Terra. E o que sabemos sobre todas essas espécies? Não muito, pois mais de 86% de todas as espécies terrestres e 91% de todas as marinhas ainda não foram catalogadas ou descritas! E, pior, muitas vezes estas espécies podem estar bem debaixo de nossos narizes e não damos conta, como é o caso da dica do amigo Rusmea, via Facebook, de um peixe recém descrito na Austrália. |
O mais irônico desta história é que faz anos que os australianos estão comendo este peixe desconhecido pela ciência. Trata-se do recentemente batizado Epinephelus fuscomarginatus, uma espécie de mero descoberta por um pesquisador em um mercado de Brisbane.
Em 2000, um pescador entrou em contato com o biólogo marinho do Museu de Queensland, Jeff Johnson, para mostrar fotografias de um mero misterioso. Johnson não conseguiu encontrar semelhanças com nenhuma espécie, e não foi até e, e não foi até 2017 que pôde comprovar ao vivo de que se tratava.
Então encontrou até cinco peças sendo vendidas em um mercado de pescado em Brisbane. Comprou todas elas e se pôs a trabalhar.
- "Tão logo os vi, pensei que provavelmente eram uma nova espécie, de modo que comprei os cinco e comecei o trabalho de demonstrar formalmente que eram uma nova espécie.", Segundo explicou Johnson em um comunicado. - "A geneticista do Museu de Queensland, Jessica Worthington Wilmer, realizou alguns testes no laboratório molecular do Museu de Queensland e após compará-las com outros espécimes em várias coleções do museu, teve suficientes evidências para demonstrar que era uma espécie nova. Ademais, disse que são peixes bem saborosos."
A verdade é que a espécie não tem um aspecto muito distintivo, o que provavelmente explica por que passou desapercebido durante tantos anos. Compartilha muitas semelhanças com outros meros do gênero Epinephelus. No entanto, seu destaque é a falta de marcas em seu corpo e bordas escuras ao redor de algumas de suas barbatanas. Daí o nome de fuscomarginatus, que significa borda escura em latim.
Quanto a morfologia, a nova espécie é um peixe bem grande, mede 70 centímetros de comprimento e vive em profundidades de aproximadamente 220-230 metros da seção central da Grande Barreira de Coral. Trata-se do mero número 92 do gênero Epinephelus, e foi catalogado na revista Zootaxa.
Mas seguindo as espécies que conhecemos, vejamos alguns números surpreendentes para grupos específicos de animais. Os cientistas acreditam que hoje existem mais de sete bilhões de humanos. Esse é um número impressionante, mas há mais galinhas, mais de 18 bilhões, do que seres humanos. Já cabeças de gado conformam 1,4 bilhões e ovelhas 1,1.
Esses números empalidecem em comparação com o mundo dos insetos. Por exemplo, os cientistas estimam que existem mais de 10 quatrilhões de formigas vivas a qualquer momento. Com base nesses números, alguns cientistas estimam a população total de insetos em 10 quintilhões! Esse número levou pelo menos um especialista a estimar a população total de animais na Terra em cerca de 20 quintilhões.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários
Mas os cientistas que "querem colonizar Marte" não são os mesmo que estudam o "nosso quintal", cada um tem uma área de interesse. Não podemos dizer para os astrônomos, astrofísicos e profissionais ligados a área:
-Parem de estudar o universo, vamos estudar o planeta Terra, os oceanos e a Amazônia!
Seria a mesma coisa que dizer a arquitetos:
-Parem de desenvolver e executar projetos e vão fazer cirurgias cardíacas e estudar doenças genéticas.
Isso mostra muito bem os seres humanos que somos: mal conhecemos o próprio quintal de casa mas queremos colonizar Marte. Raça imbecil a nossa!