Os cães treinados para detectar o coronavírus acertam 100% das vezes

Segundo uma equipe de pesquisa internacional, dirigida por Dominique Grandjean, na Escola Nacional de Veterinária de Alfort, França, que treinaram cães para detectar rastros do novo coronavirus (SARS-CoV-2) no suor das pessoas infectadas, a maioria dos cães têm uma precisão absoluta. Já estão treinando cães detectores de coronavírus em países como Bélgica e Chile ou nos Emirados Árabes Unidos, onde já estão sendo usados em vários aeroportos.

Ademais, os cães farejadores podiam identificar o SARS-CoV-2 em pessoas infectadas quando ainda eram assintomáticas. O que os cães cheiram exatamente não sabemos. Os compostos orgânicos voláteis (COV) emitidos nas mostras de suor são uma mistura complexa. Portanto, é provável que os cães estejam detectando um perfil particular em vez de compostos individuais.

Os testes são realizados com suor já que não é considerado infeccioso para covid-19. Isto significa que apresenta menos riscos quando manipulam as amostras.

Pelo momento, parece os cães sim infectam-se com o coronavírus, mas não apresentam sintomas, e também não parece que possam contagiar humanos. Para reduzir ainda mais o risco potencial de transmissão a pessoas e cães, o aparelho utilizado para treinar os cães não permite nenhum contato direto entre o focinho e a amostra de suor. O nariz do cão entra em um cone de aço inoxidável, com a amostra de suor em um recipiente atrás. Isto permite o livre acesso aos compostos olfativos voláteis, mas sem contato físico.

Ademais, todos os cães treinados para detectar o coronavírus são revisados ​​regularmente mediante provas com cotonetes nasais, retais e análises de sangue para identificar anticorpos. Até agora, nenhum dos cães farejadores foi infectado.

A capacidade dos cães para detectar a covid-19 não é tão surpreendente se levarmos em conta que eles já ajudam a detectar a hipoglicemia nos diabéticos, ou foram empregados para detectar alguns tipos de câncer.